“Doutora, não me fale uma coisa dessas não, pelo amor de Deus”. Foi assim que Roseni dos Santos da Silva reagiu ao descobrir que estava grávida de quadrigêmeos. Aos 38 anos e depois de ter que fazer duas operações para retirar cistos do ovário, ela acreditava que não poderia mais ter filhos.
Natural de Altamira, no Pará, Roseni se mudou para Sinop no ano passado depois de perder o marido para a Covid-19. Com um quadro depressivo, decidiu recomeçar a vida junto ao irmão, no interior de Mato Grosso. Foi ali que conheceu o atual companheiro, Everton.
Mãe de outros cinco filhos, Roseni reconheceu os sintomas da gestação assim que eles apareceram. Ela fez um teste de farmácia que deu positivo. No primeiro exame de ultrassom o médico identificou duas crianças. Mas um dia, depois de se sentir mal e ir até uma Unidade de Pronto Atendimento da cidade, esse número aumentou para três. Quatro semanas atrás, quando voltou a procurar atendimento na rede pública da cidade, veio a surpresa: não eram dois e nem três, mas quatro filhos.
Ela conta que estava aos prantos quando contou ao marido. E ele também não acreditou no que ouviu. Everton, explica Roseni, ainda não tem filhos e logo de cara ganhou quatro. Duas meninas e um menino. Ainda não foi possível descobrir o sexo do quarto bebê.
A gravidez de Roseni é de risco. Ela está em tratamento de um quadro cardiológico grave. Segundo a médica que a atende, a qualquer momento Roseni pode ter um infarto. Por conta disso, ela precisa fazer pelo menos três exames para assegurar a sua saúde e de seus filhos e cada um deles custa R$ 300,00. Além disso, ela apresenta perda de líquido amniótico e os bebês tem menos peso do que o recomendado.
O parto está previsto para o próximo dia 30 e, justamente pelo quadro delicado, ela pode ser transferida para Cuiabá. Roseni conta que com a ajuda de uma pastora conhecida da família já conseguiu arrecadar algumas roupas, cerca de 15 pacotes de fraldas e um berço. Mas ainda falta muita coisa e a família precisa de ajuda.
Além de fraldas, Roseni pede ajuda com alimentação e carrinhos para os bebês. Quem quiser ajudar pode entrar em contato pelo telefone (66) 98422-5576. Esse número também é a chave para transferência na modalidade pix.
Fonte: Repórter MT
