Em visita a Cuiabá, o ministro das Cidades Bruno Araújo (PSDB-PE) revelou que a secretaria de mobilidade urbana do Ministério das Cidades está elaborando um estudo técnico para avaliar a viabilidade do VLT (Veículo Leve Sobre Trilho), modal de transporte programado para percorrer Cuiabá e Várzea Grande em um trecho de 22 quilômetros. A declaração foi dada durante entregas de moradias do programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal na manhã desta segunda-feira (22) no bairro Osmar Cabral em Cuiabá.
“O presidente da República Michel Temer determinou que seja feito um estudo técnico e objetivo que já está sendo conduzido no Ministério das Cidades para verificar a viabilidade deste empreendimento. A ideia é abrir espaço aos técnicos do governo do Estado e da Prefeitura de Cuiabá para apresentar sugestões. Aí teremos um quadro objetivo para apresentar ao governador Pedro Taques qual é a visão e a sugestão compartilhada”, declarou.
De acordo com o ministro, uma das alternativas avaliadas é a adoção de uma PPP (Parceria Pública Privada) para conclusão deste projeto. “É uma opção, sem dúvida, mas prefiro aguardar o desdobramento do estudo técnico”, disse.
Ainda foi ressaltado que a equipe técnica do governo federal vê com suma importância a celeridade dos estudos para resolver o impasse do VLT. “Temos a preocupação expressa de buscar soluções objetivas, racionalizar recursos e trazer uma solução definitiva. É uma prioridade do Ministério das Cidades buscar uma solução técnica, eficiente e segura para viabilizar essa obra tão importante para o futuro de Cuiabá”, reforçou o ministro.
O governador Pedro Taques (PSDB) informou que o estudo técnico conduzido pelo governo federal atende um pedido de sua autoria em conjunto com a bancada federal . “A conclusão de uma obra como a do VLT envolve os esforços do município, Estado e União. Nenhum Estado consegue implantar VLT sem o apoio do governo federal. Enquanto não resolvemos, estamos recapeando a Avenida da FEB em Várzea Grande e as Avenidas Prainha e do CPA em Cuiabá”.
Orçado inicialmente em R$ 1,477 bilhão, a obra do VLT em Cuiabá e Várzea Grande já consumiu mais de R$ 1 bilhão dos cofres públicos. Porém, está há mais de um ano paralisada e sem perspectiva alguma de conclusão. Na gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), foram gastos mais de R$ 400 milhões com vagões do VLT que seguem sem uso algum no Centro Operacional localizado nas proximidades do Aeroporto Marechal Rondon em Várzea Grande.
A obra do VLT começou a ser discutida na fase anterior a participação de Cuiabá na Copa do Mundo de 2014. Na época, o Estado decidiu abandonar o projeto do BRT, modal de transporte considerado mais viável pelos técnicos.