Militares rejeitam possibilidade de golpe e líder dos caminhoneiros na Câmara se posiciona

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A colunista Malu Gaspar afirmou, no O Globo, ter tido acesso à conversas telefônicas e em grupos de Whatsapp com militares de patente abaixo à general, logo após o resultado da eleição presidencial que decretou vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A jornalista aponta um sentimento de frustração e diz que existe uma decepção dos oficiais com a decisão tomada pela maioria da população eleitora brasileira.

Entretanto, os generais descartam qualquer tentativa de golpe. “Os generais de quatro estrelas estão ‘sentados’ na Constituição”, afirma um oficial. “O clima é de absoluta normalidade. Vida que segue”.

Um general da reserva contou para Malu que pessoas ligadas a Lula já vem explorando o ambiente das Forças Armadas através de cafés e almoços, mas que possuem a intenção de acalmar os militares acerca do futuro governo.

“Parte dos coronéis e generais teme ainda uma suposta desestruturação das Forças Armadas por meio da intervenção nas escolas de formação e na promoção de oficiais. Muitos ainda não esqueceram nem perdoaram duas iniciativas do governo Dilma, lembradas ontem nos grupos de militares”, garante ainda Malu Gaspar.

Apesar de um clima espinhoso, a transição de governo em relação às Forças Armadas deve ser feito de forma democrática.

CAMINHONEIROS

O deputado federal do Rio Grande do Sul Nereu Crispim (PSD), líder dos caminhoneiros na Câmara Federal, disse que o movimento dos caminhoneiros em parar as rodovias não representa a categoria.

Crispim ressaltou que as pautas defendidas pelos caminhoneiros são o piso mínimo do frete, a alteração na política de preços da Petrobras, aposentadoria após 25 anos de serviço e contribuição e unificação dos documentos fiscais.

Segundo o parlamentar, o presidente Bolsonaro, em 2018, prometeu defender os interesses dos caminhoneiros, porém, após quatro anos de governo, nada foi feito em favor destes.

“Lá em 2018 o então candidato Bolsonaro fez promessas que se fosse eleito iria resolver ou iria dar uma atenção para a pauta dos caminhoneiros, e na realidade nesses quatro anos ele não resolveu nada e está aí o resultado, de que ele não foi reeleito”.

Ele termina dizendo que frente parlamentar reconhece a vitória de Lula.

Fonte: O Bom da Notícia