O comandante-geral da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso, coronel Alexandre Mendes, disse na manhã desta terça-feira que “bandido não vai se criar” em Mato Grosso. A declaração foi feita durante a entrega de 45 novos fuzis ao Batalhão de Operações Especiais (Bope).
Em discurso, o coronel lembrou de uma ação criminosa em 2001, quando bandidos atacaram três agências bancárias no estilo “Novo Cangaço” e fugiram em direção ao Pará. Na ocasião, a polícia de Mato Grosso não teve autorização para cruzar a divisa e continuar as buscas pelos criminosos. O contrário aconteceu em 2023, quando criminosos fortemente armados sitiaram a cidade de Confresa e as forças policiais do estado trabalharam ao lado das polícias de Goiás, Pará, Tocantins e Minas Gerais na caçada aos criminosos.
“Serviu de resposta que aqui no Mato Grosso bandido não vai se criar, mas mais do que isso, nós precisamos que as pessoas comecem a olhar diferente, se escandalizar quando acontecem fatos onde um policial militar, um policial civil ou federal, se sintam atacados nós como sociedade temos que nos unir. Nós não podemos permitir que as pessoas ataquem os policiais e a gente fique calado, porque se nós (policiais) enfraquecermos, se enfraquecermos as instituições, o poder paralelo vai se fortalecer cada vez mais”, disse Mendes.
O comandante revelou que o armamento vai ser entregue para os batalhões do interior do estado, onde reforçarão a segurança das cidades mais distantes da Capital. A ideia é que situações como o ataque de Confresa, quando, num primeiro momento, a polícia não teve condição de reagir a altura aos criminosos.
“Não podemos permitir que esses bandidos atuem, ataquem e saiam daqui do Estado, como se nada tivesse acontecido”, disse.
O comandante ainda fez uma defesa da tropa, que sofre acusações de truculência, especialmente depois do caso do jovem morto ao reagir a uma abordagem policial, na cidade de Vera, em fevereiro.
“Nós não precisamos ter medo de atuar, nós precisamos ter força. Quem tem que ter medo de atuar são esses bandidos. E aqui em Mato Grosso a resposta vai ser clara. Mexeu com a polícia, está mexendo com todos”, concluiu.
Fonte: Repórter MT