O menor, de 17 anos, que confessou o assassinato do professor Celso Gomes, de 60 anos, contou aos policiais da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá que o crime foi cometido porque a vítima teria o assediado durante uma carona para casa. A versão é investigada pelas autoridades.
Conforme a versão apresentada aos investigadores, o professor ofereceu uma carona para o menor, já que iriam passar pelo mesmo caminho. Enquanto a vítima se dirigia para Santo Antônio de Leverger, o menor queria chegar em casa no bairro Parque Cuiabá.
Conforme o delegado Roberto Amorim, do Núcleo de Pessoas Desaparecidas, o menor contou que durante o trajeto teria sido aliciado pela vítima. Ele disse que chegou a descer do carro e caminhar por alguns metros, mas foi convencido pelo professor a entrar novamente no veículo.
“Segundo o adolescente, o professor tentou aliciar ele, e ele não concordou muito com essa atitude, por isso que partiu para cima do professor”, contou o delegado Amorim em coletiva de imprensa realizada nesta tarde (10).
O menor afirmou que teria dado um mata leão na vítima, fazendo com que ela perdesse a consciência. Posteriormente o professor acordou, então o assassino voltou a esganar Celso Gomes, até que ele morresse.
Conforme o delegado Maurício Macedo da DHPP, vítima e assassino não se conheciam até então.
“A informação que a gente tem, e é até bastante uníssona entre os declarantes, é que não havia esse conhecimento prévio, mas não há como se descartar nenhuma hipótese porque ainda é muito cedo”, explicou o delegado Macedo.
Questionado sobre a possibilidade de os dois manterem algum tipo de relação amorosa, o delegado Macedo foi claro em afirmar que não há nenhum elemento que aponte nessa direção. O delegado ainda pontuou que essa é a versão do assassino e dos detidos apontados como seus cúmplices.
“O que nos resta demostrado é que teria havido uma situação fortuita em que a vítima acabou dando carona, mas isso também são as informações que a gente extrai precipuamente das declarações dos próprios suspeitos”, afirmou.
Celso estava desaparecido desde o dia 3 de maio. Em comunicado publicado nas redes sociais da Escola Salesiano Santo Antônio, foi informado que o professor sumiu depois de ir para a chácara dele, em Santo Antônio do Leverger. Desde então ele não deu mais notícias.
Na terça-feira (7), o carro do professor, documentos e uma prova de matemática com o nome dele foram encontrados em pontos distintos da Capital. As informações dão conta de que dois cartões bancários em nome da vítima foram encontrados jogados na rua no linhão do Parque Cuiabá. Fonte: Repórter MT