Mesmo focado na pandemia, o governador Mauro Mendes (DEM) não se furta em responder sobre política e principalmente sobre as eleições deste ano. Questionado sobre o motivo de ele não apoiar a continuidade do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) no Palácio Alencastro, Mendes respondeu categoricamente: “Porque não é bom”.
“Se nós achássemos que estava bom, deixaria o cara [Emanuel] continuar ali, mas lamentavelmente, na minha opinião, não está bom e a população precisa ter alternativa” disse Mauro, em entrevista à Rádio Capital FM.
Sem citar nomes, o governador voltou a confirmar que o Democratas terá um nome para a disputa do Palácio Alencastro. Ao Olhar Direto, na semana passada, Mauro disse que não entraria em qualquer acordo político com Emanuel, muito menos subiria num palanque em que ele estivesse por trás de algum apoio.
No entanto, segundo Mendes, o partido terá candidato em pelo menos 80 cidades, incluindo Cuiabá, que ele geriu por quatro anos e 2016 entregou para Emanuel Pinheiro. Mauro disse que deixou a “casa em ordem”.
“Deixei a prefeitura com as contas em dia, dinheiro na conta, muitas obras em andamento para terem continuidade. Até porque não se faz obra para acabar só no seu mandato, tem que fazer algo contínuo”.
Sobre possíveis nomes, Mauro preferiu ainda não citar nenhum. Disse que o momento é de lutar contra a Covid-19 e seus secretários estão no meio da guerra, por isso não é viável que eles larguem esse bastão para disputar uma eleição.
“Para concorrerem, teriam que se afastar, mas não podemos priorizar isso, estamos no meio de uma guerra contra a pandemia, tem a atividade econômica e nós não podemos liberar nenhum dos nossos generais e coronéis para disputar eleição. Temos quadros excelentes e vamos apresentar para a população. Quem escolhe é o povo”, concluiu o governador.
Mauro não tocou no nome nem de Eduardo Botelho, presidente da Assembleia e nem de Fabio Garcia, ex-deputado federal e atual presidente da sigla. Segundo ele, o tempo e as reuniões internas irão escolher o melhor nome do grupo para a disputa.
Fonte: Olhar Direto