Mendes admite decretar lockdown e critica população por relaxar cuidados contra a Covid-19

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Governador Mauro Mendes (DEM) criticou, em entrevista a Rádio CBN Cuiabá, parte da população que relaxou nos cuidados contra a Covid-19. O chefe do Executivo estadual alertou que o sistema público de saúde também tem limite e que, enquanto não há vacina para todos, é necessário o uso de máscara e álcool em gel e manter o distanciamento social, a fim de não superlotar as unidades de Saúde.

O governador ainda se posicionou a favor de um novo “lockdown” caso a curva da Covid-19 não diminua no Estado, ao menos até que a vacina esteja disponível para todos.

“Uma parte da população age como se nada estivesse acontecendo. Máscara todo mundo está usando, foi incorporada ao modo de vida das pessoas, mas eu vejo que o distanciamento necessário, alguns cuidados necessários e recomendados não estão sendo seguidos […] E isso está aumentando a proliferação desse vírus que tanto mal já trouxe a algumas pessoas. Elas parecem estar entrando naquela onda do negacionismo que algumas pessoas do país defendem e isso é muito ruim […] A segunda onda é verdadeira. Estamos trabalhando para evitar um colapso na saúde, mas temos limites. Não adianta achar que o Governo aqui ou em qualquer lugar consegue abrir 100, 200, 300 leitos de UTIs”, disse o governador.

Segundo Mendes, não há equipamentos, médicos ou demais profissionais da saúde disponíveis para atuar na linha de frente do Estado e que é impossível importar de outros estados porque é um déficit generalizado.

O democrata ressaltou ainda que, mesmo aquelas pessoas que possuem plano de saúde não devem achar que estão a salvo, uma vez que já há um colapso da rede privada.

“Você que tem plano privado, cuidado, porque vai precisar de UTI e não vai ter. ‘Ah, eu vou para São Paulo. Não vai ter. O Einstein está lotado, o Sírio Libanês está lotado. Conheço casos de várias pessoas que tentaram ser transferidas para São Paulo e não acharam vagas”, alertou.

O governador ainda se posicionou a favor de um novo “lockdown”. “É o remédio que o mundo inteiro adota. Não é possível que os Estados Unidos, Alemanha, Europa, Reino Unido, acham que esse negócio de lockdown é uma bobagem e fazem. Se estão fazendo, é porque comprovadamente é uma forma de prevenção, de minimizar a transferência. O vírus prolifera não só pelo ar, mas pelo contato com as pessoas”, disse.

Fonte: O Bom da Notícia