Max Russi estaria sendo estimulado a disputar o Governo de Mato Grosso

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O endurecimento, no adiantadíssimo processo eleitoral (as eleições em primeiro turno acontecerão em 04 de outubro de 2026, ou seja, daqui a 485 dias), visando às eleições gerais de 2026, principalmente para o Governo do Estado e as duas vagas no Senado da República, tem provocado rixas internas que acabam por abrir novas oportunidades e colocar novos nomes para as disputas majoritárias.

Em uma conversa bastante animada, Max Russi teria sido estimulado em colocar seu nome na disputa para o Governo do Estado, pelo próprio governador Mauro Mendes e por nomes do núcleo duro do Palácio Paiaguás.

O movimento visaria reforçar a posição do Chefe do Poder Executivo que começa a sentir os primeiros sinais de enfraquecimento por estar em viés de fim de mandato, como também para criar novas expectativas e quadros, pois estaria perdendo espaço para aliados como Janaina Riva (MDB) que através dos últimos embates acabou sendo levada para uma condição de oposição que reverberou muito em todo o Estado, ao ponto dela aparecer liderando intenções de voto para governador e tendo chances de se eleger para  uma das duas vagas ao Senado.

A fragmentação do principal partido político de Mato Grosso, o União Brasil que formalizou uma Federação com o Partido Progressista se transformando em União Progressista e a divisão de forças internas lideradas pelo governador Mauro Mendes de um lado e pelo senador Jayme Campos de outro, protagoniza o aparecimento de novos nomes, como do próprio presidente da Assembleia Legislativa, Max Russi.

Russi começa a despontar como um nome de consenso entre as várias correntes partidárias que estão no arco de aliança que hoje governa Mato Grosso e deseja permanecer à frente do Palácio Paiaguás e ocupando cargos essenciais na política partidária.

A informação veio de uma matéria do site mturgentenews.com.br que pode ser lida pelo link:https://mturgentenews.com.br/mauro-mendes-da-o-primeiro-passo-rumo-a-sucessao-de-2026-max-russi-surge-como-nome-chave-para-a-continuidade-da-gestao-em-mato-grosso/

Fora isto, Max unifica diversas correntes políticas de direita, de esquerda, pois ainda está no PSB que apóia a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e chega até a ter trânsito com a chamada extrema-direita, os bolsonaristas, que ainda que filiados no Partido Liberal, são como uma horda, pois se consider Fora os atributos pessoais e políticos, Max Russi seria uma válvula de escape para o próprio governador Mauro Mendes que já sente na pele a condição de fim de gestão, processo que todo governante passa quando já não gera mais expectativa futura, pois se deixar o governo e for candidato ao Senado precisará muito mais do apoio dos deputados ou candidatos a deputado, bem como, do candidato ao Governo do Estado, pois nada em política se conquista sem apoio.

Como Mauro Mendes sinalizou nos últimos anos que tem preferência pela candidatura de Otaviano Pivetta (Republicano), seu atual vice-governador e que após mais de sete anos de gestão compartilhada, não conseguiu, pelo menos a olhos nus, construir uma unidade em torno ao seu nome e sua pretensão em disputar a sucessão ao Governo do Estado, começaram a aflorar outras candidaturas como a do próprio senador Wellington Fagundes (PL), visto como o pseudo lideral, pois está no partido, mas de olho no que a sigla pode lhe favorecer, tanto que o próprio chefe do Executivo Estadual tentou em vão migrar para sigla Bolsonarista ou pelo menos colocar lá seu vice-governador, o que formaria um grupo político ainda mais forte e deixaria tanto Wellington Fagundes como Jayme Campos fora da disputa eleitoral de 2026.

Já o senador Jayme Campos que reclama da precipitação em se adiantar a discussão para as eleições de 2026, sabe melhor do que ninguém que a indefinição de nomes, torna o cenário, mais propício a uma eventual candidatura sua a reeleição, até pelo seu histórico de seis eleições vitoriosas e de realizar mandatos resolutivos, tanto que o mesmo tem votos em todas as cidades de Mato Grosso.

Jayme Campos também é cortejado pela esquerda e centro-esquerda que vê nele a possibilidade de uma candidatura que reforce seu palanque pró-reeleição do presidente Lula (PT) e em busca de eleger deputados federais e estaduais e até memso uma eventual reeleição de Carlos Fávaro, atual ministro da Agricultura. Mas o próprio senador, de segundo mandato, em declaração a imprensa já deixou claro que não apóia uma candidatura de esquerda.

Jayme se posiciona como de centro-direita, mas também sabe que os movimentos do grupo político de Mauro Mendes, o colocam fora da disputa eleitoral, mas não querem perder o mesmo de vista, pois seria um baque, neste momento, uma ruptura que poderia gerar conseqüências desastrosas para o União Brasil.

Esse malabarismo todo é essencial para que as rupturas internas do União Progressista, ainda mantidas em sigilo, não cheguem ao conhecimento público, pois a proximidade do pleito eleitoral, torna o eleitor suscetível e aberto a novas investidas de novos candidatos como Max Russi que atualmente se destaca como articulador e tem sua habilidade e trânsito, reconhecidos como elementos fundamentais em uma candidatura majoritária, em que pese ele ainda ser novo.

Conforme a matéria do site MT Urgente News, “Max tem um papel fundamental ao unificar as diferentes correntes políticas que compõem o governo, criando uma aliança que visa garantir estabilidade e continuidade de gestão. Durante a reunião, a presença da primeira-dama Virginia Mendes (União Brasil), teria reforçado o apoio à uma eventual candidatura de Max.

Além do apoio a Max, outra movimentação importante envolveu Virginia Mendes, que indicou sua disposição em disputar uma vaga à Câmara Federal em 2026. Sua candidatura fortaleceria a presença feminina na política de Mato Grosso, ampliando ainda mais o apoio ao grupo e fortalecendo sua representatividade. A decisão de Virginia de se lançar a um cargo federal também reflete o seu compromisso em consolidar a base e aumentar sua força nas futuras eleições, além de dar tranqüilidade ao governador Mauro Mendes para decidir se disputa ou não as próximas eleições, pois outrora o então chefe do Poder Executivo Cuiabano, com reeleição garantida para mais quatro anos, quando prefeito de Cuiabá, desistiu e deixou uma ruptura no seu grupo político em um passado não muito distante.

Uma das primeiras articulações que caberia Max Russi seria construir um consenso passando por Wellington Fagundes (PL) que querendo ou não ainda tem mais quatro anos do atual mandato de senador da República, pois foi reeleito em 2022, na então chapa encabeçada por Mauro Mendes.

Essa ligação de 2022 que já esteve mais consolidada pode ser o caminho que Max Russi pavimentaria para se credenciar a disputa e ser escolhido como candidato de consenso de um amplo grupo político que ainda vai depender de muito entendimento, pois Wellington Fagundes não demonstra que deixará a disputa, seja em nome do consenso ou em nome de Bolsonaro, mesmo sendo voz corrente que o senador não representaria o ex-presidente e seus filhos, que se movimentam para ter candidaturas preferências para o Senado da República, aonde vislumbram a possibilidade de enfrentar e confrontar o Supremo Tribunal Federal.

Mas, a disposição em construir um arco de alianças vai muito além da candidatura de governador, vice e das duas vagas de Senador da República, já que em 2026 estarão em disputas 2/3 ou 54 cadeiras de um total de 81 senadores da República divididos em três parlamentares por Estado e se vingar o aumento já aprovado pelos deputados federais, Mato Grosso vai ter 10 deputados federais em vez dos atuais 8 parlamentares e 30 deputados estaduais ante os atuais 24 deputados também no fim do exercício do atual mandato.

Aos olhos do povo são muitos representantes, aos olhos dos políticos são poucas vagas para o tanto de candidato que se coloca na disputa. Por exemplo, Wellington Fagundes (PL) que é candidato a governador, se não recuar, poderá estar em palanque adverso do palanque de sua nora, a deputada Janaina Riva (MDB), tido hoje como o nome do momento para quebrar as escritas do passado e se eleger Senadora da República.

Wellington candidato, pode ter Janaina Riva presente no palanque adversário e com uma ampla possibilidade dela contribuir para a sua derrota.

Ela lidera diversas pesquisas de intenção de votos e continua a ser uma peça-chave nas articulações. Seu forte apelo popular, especialmente entre o eleitorado feminino, coloca seu nome em destaque.

Tanto os aliados como os adversários reconhecem que Janaina Riva é uma incógnita eleitoral ainda mais em se tratando de duas vagas para o Senado, já que os resultados divulgados apenas depois das eleições identificam o primeiro e o segundo mais votados, mas não explicita quem foi o primeiro ou o segundo voto, já que todos os eleitores aptos a votar, o fazem duas vezes para senador ou podem votar em apenas um nome, ou anular um voto e confirmar o outro, anular os dois e ainda votar em branco nos dois nomes.

Certo mesmo é que indefinições e falta de diálogo, passa a alimentar especulações e divergências, que em política eleitoral, levam a definição de nomes com pouco potencial eleitoral, mas que na maioria das vezes acabam surpreendendo nas urnas. (Diário de Cuiabá)