O deputado estadual Max Russi (PSB) não poupou críticas à vereadora por Cuiabá Maysa Leão (Republicanos) ao comentar o arquivamento de denúncia da parlamentar contra o também deputado estadual Gilberto Cattani (PL). Corregedor da Comissão de Ética da Assembleia, Max disse que Maysa não tem legitimidade, segundo o regimento interno, para fazer a representação e por isso o caso foi arquivado.
Avaliou ainda que a insistência da vereadora sobre o assunto é uma tentativa de permanecer com visibilidade na mídia, como uma estratégia eleitoral visando 2024. Por fim, o deputado ainda diz que desconhece projetos de lei ou qualquer outra iniciativa importante de Maysa que a coloque em destaque como a polêmica com Cattani o faz. Para ele, o assunto está encerrado na Casa e orienta a vereadora a procurar a Justiça para resolver o impasse. “Ela quer lacrar”, disse.
A rixa entre Cattani e Maysa começou quando ela passou a se queixar via imprensa, redes sociais e até mesmo na tribuna da Câmara de Vereadores de Cuiabá de que estaria sofrendo ameaças e sendo alvo de xingamentos por parte de seguidores do deputado bolsonarista, em virtude da publicação de um trecho de vídeo em que ambos discutem as punições para estupradores. Cattani defende a castração à moda antiga, ou seja, física, enquanto a parlamentar diz que isso seria voltar à Idade Média e à barbárie.
“A Maysa não tem legitimidade. Ela está continuando nessa pauta para dar mídia para ela, mas legitimidade dentro da Assembleia ela não tem. Ela tem que procurar a Justiça fazer a denúncia, procurar outros meios, já que ela acha que está sendo atacada. Na Assembleia não tem, isso é assunto de encerrado”, disse Max.
“Vou mandar o regimento interno da Assembleia Legislativa para a vereadora e para a assessoria dela entender. Eu tenho que cumprir o regimento, eu não posso ser omisso, existe um regimento para ser cumprido”, continua.
O deputado ainda defendeu Cattani, concordando com medidas mais duras e rígidas contra estupradores. Max também não escondeu ressentimento por Maysa, ao criticar o arquivamento, questionar o deputado “e se fosse a esposa do deputado, a filha do deputado”.
“Infelizmente o que ela está tentando com isso é mídia, é polemizar. É inteligente da parte dela, mas ela falar da minha esposa, minha filha, ela envolver e evidenciar outra mulher, não tá defendendo a mulher. Se ela quiser uma solução vai à polícia civil e ao Ministério Público para resolver os crimes cibernéticos. Ela não quer isso, quer mídia e tá conseguindo, para tentar garantir a reeleição dela no próximo ano”.
Por fim, Max disse que segue o regimento e a decisão só será outra dentro de um contexto em que o regimento interno da AL seja alterado, o que já foi defendido pelo deputado estadual Eduardo Botelho (União Brasil).
Fonte: Leiagora