O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), 58, foi reeleito neste domingo (2) para um segundo mandato de quatro anos, mantendo assim a tradição no Estado de não ter segundo turno, conforme projeção do Datafolha.
A vitória do atual governador era prevista por pesquisas de intenção de voto, desde antes do início da campanha oficial. Apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), Mendes evitou trazer para o estado a polarização nacional, dando poucas declarações públicas a favor do presidente.
Ele não citou Bolsonaro em redes sociais e em seus programas eleitorais de rádio e TV.
O governador fez uma campanha com foco no resultado fiscal de sua gestão, citou recordes de arrecadação e investimento em obras de infraestrutura.
Em 2019, quando assumiu o Palácio Paiaguás, o governo enfrentava uma crise financeira, com salários atrasados sendo pagos de forma escalonada, dívidas com fornecedores e municípios e atrasos nos repasses à saúde.
Após colocar o caixa em dia, Mendes iniciou uma série de programas e obras que alavancaram a sua popularidade.
Goiano, é formado em engenharia elétrica pela UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso). Após a faculdade, tornou-se empresário nos setores de mineração e energia.
Foi presidente da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso. Ingressou na política em 2008 pelas mãos do ex-governador e ex-ministro Blairo Maggi (PP).
Disputou a prefeitura da capital naquele ano e foi derrotado. Rompeu com Maggi em 2010, quando disputou o Governo do Estado, perdendo no primeiro turno para o ex-governador Silval Barbosa (MDB).
Em 2012, conseguiu se eleger prefeito de Cuiabá pelo PSB. Em 2016, decidiu não disputar a reeleição.
Concorreu ao governo de Mato Grosso pelo DEM em 2018, após romper com o seu antigo aliado, o ex-governador Pedro Taques, numa eleição histórica —já que foi a primeira vez que um governador do estado não conseguiu a reeleição. Mendes venceu no primeiro turno.
Na disputa pelo Governo de Mato Grosso em 2022, também concorreram os candidatos pastor Marcos Ritela (PTB) e Moisés Franz (PSol). (Com Diário de Cuiabá)