O governador Mauro Mendes (UB) afirmou que não irá tolerar manifestações que fechem rodovias ou impactem diretamente no direito de terceiros. O recado do gestor estadual foi direcionado aos pescadores, que na manhã desta terça-feira (27) bloquearam a Rodovia dos Imigrantes (BR-070), em protesto ao projeto de lei 1363/2023, chamado de “Transporte Zero”, que proíbe a pesca e o transporte de peixes nos rios de Mato Grosso por cinco anos.
O texto foi aprovado em primeira votação no início do mês e passará pela segunda avaliação nesta quarta-feira (28). A afirmação de Mauro Mendes foi feita durante um evento Teatro do Cerrado Zulmira Canavarros, em Cuiabá.
Pescadores desbloqueiam rodovia
Os pescadores que estavam em protesto acabaram de liberar o tráfego das rodovias do Imigrante e Palmiro Paes de Barros, em Cuiabá. O trecho estava bloqueado pelos profissionais em protesto ao projeto de lei de autoria do Governo do Estado, que proíbe o transporte, armazenamento e comercialização de peixes nos rios de Mato Grosso por cinco anos.
Os protestos estavam ocorrendo desde o início da manhã desta terça-feira, 27 de junho. Agora, a manifestação deve seguir para a Assembleia Legislativa de Mato Grosso.
Com o final dos protestos, o trânsito também está liberado nas rodovias.
Antes do encerramento da manifestação, um carro se aproveitou de um cortejo fúnebre para passar pelos protestos.
Já um homem, que seria um soldado do exército, sacou uma arma para ameaçar os manifestantes. Na ocasião, o homem só parou com as ameaças ao ver a chegada de policiais que o dispersaram.
Ao tomar conhecimento sobre o protesto, o governador Mauro Mendes (União Brasil) afirmou que o Estado não pode tolerar esse tipo de protesto. “Olha, manifestar é natural, todo mundo pode manifestar as suas opiniões, desejos. Agora, manifestar bloqueando o direito de outros, isso é inadmissível no Estado de Direito”, afirmou.
A aprovação do Transporte Zero, de autoria do governador e que já passou em primeira votação, vai bloquear o direito dos pescadores em exercer sua profissão, com a chancela do Estado de Direito. (Folhamax/Estadão)