O governador Mauro Mendes (União Brasil) e o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) se manifestaram neste sábado (22) contra a prisão preventiva decretada pelo ministro Alexandre de Moraes contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ambos classificaram a decisão como injusta e defenderam que o país vive um momento de instabilidade institucional.
O governador Mauro Mendes afirmou em suas redes sociais que o dia representa “um dia triste para a democracia” e reforçou que Bolsonaro continua sendo uma liderança expressiva no cenário político nacional. Para Mendes, a medida tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) não restabelece a ordem institucional e acentua divisões no país.
“Jair Bolsonaro é o grande líder de milhões de brasileiros que se cansaram da velha política, da corrupção, do aumento da violência, da impunidade e de tantas outras mazelas da política brasileira. Não há mal que dure para sempre. A Justiça precisa ser restabelecida para o bem do nosso Brasil. Minha solidariedade ao presidente Bolsonaro e à sua família”, disse o governador.
O vice-governador Otaviano Pivetta também criticou a decisão e declarou que o país enfrenta “uma ferida aberta”. Para ele, as medidas adotadas contra o ex-presidente seriam desproporcionais e reforçariam um cenário de insegurança jurídica.
“A dor de quem sofre sem culpa é mais profunda do que qualquer sentença. A verdade não se intimida – e, quando vier, mostrará o erro que está sendo cometido”, afirmou Pivetta.
Reprodução/Redes Sociais
A prisão preventiva de Bolsonaro gerou repercussão nacional e mobilizou aliados políticos, especialmente nos estados governados por partidos do centro-direita. Parlamentares de Mato Grosso também passaram a cobrar explicações do STF e anunciaram que pretendem levar o tema a debates na Assembleia Legislativa.
Especialistas em direito constitucional, porém, destacam que a decisão de Moraes se baseia em elementos apresentados nos inquéritos que investigam suposta tentativa de golpe e articulações antidemocráticas atribuídas ao ex-presidente. A expectativa é que novos desdobramentos ocorram nos próximos dias, à medida que a defesa de Bolsonaro apresente recursos. (Folha do Estado)










