Mauro diz que Macron tenta interferir na lei brasileira: ‘Um ataque à nossa soberania’

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O governador Mauro Mendes criticou a ação dos líderes europeus, capitaneados pelo presidente da França, Emanuel Macron, de tentar forçar o Brasil a alterar a sua legislação como condição para a formalização de um acordo de comércio entre a União Europeia e o Mercosul.

Conforme o governador, o Parlamento Europeu aprovou uma regulamentação que estabelece que as empresas européias sejam proíbidas de comprar produtos brasileiros que estejam sendo produzidos em regiões em que ocorreram desmatamento a partir de 1º de janeiro de 2020. Contudo, a lei brasileira prevê o desmatamento legal em alguns casos.

“O mundo tem que nos respeitar; não pode fazer uma afronta. Porque a legislação brasileira, que é uma das mais restritivas do mundo ela não pode ser desrespeitada porque ela estabelece a possibilidade do bioma Amazônia de utilizar-se 20% do seu território e dos demais biomas percentuais maiores, chegando a 65%”, ressaltou o governador.

“O Brasil é hoje talvez um dos mais importantes e relevantes exemplos de desenvolvimento sustentável, porque nós temos o que é mais importante no mundo hoje, que é a produção de alimentos contribuindo com a segurança alimentar do planeta e temos também grandes ativos ambientais que contribuem com a segurança climática do nosso planeta”, acrescentou o governador.

O chefe do Executivo Estadual cobrou ações rígidas do governo federal no sentido de assegurar a soberania nacional frente a pressão de governos estrangeiros.

“E eu disse na reunião, não houve nenhuma deliberação nesse sentido, mas foi apenas uma colocação feita por mim que eu considero isso uma afronta a nossa soberania e até mesmo às relações internacionais e tratados internacionais”, disse.

“Nós temos que ter uma interação entre países no diálogo de diplomacia, conduzido pelo Governo Federal. Cabe a nós, entes subnacionais, também nos expressar e temos o direito de fazê-lo, mas uma negociação mais técnica e mais profunda tem que ser conduzida pelo nosso Itamaraty e pelas autoridades federais”, concluiu.

Fonte: Repórter MT