O ‘estoque’ de obras paralisadas em Mato Grosso será reduzido. Nos próximos quatro meses, 55 empreendimentos públicos serão retomadas em todo Estado. No total, serão investidos R$ 54,6 milhões em 28 municípios. “É um alento porque estamos diante de uma sinalização muito positiva do caminho que nos propusemos a construir para a elaboração do Orçamento Geral da União de 2017” – avaliou o senador Wellington Fagundes, relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
Em seu Substitutivo Integral na lei que define as prioridades do Orçamento de 2017, o líder do PR no Senado destinou um capítulo inteiro na defesa da retomada das obras paralisadas no Brasil. Ele procurou mostrar ao Governo, deputados federais e senadores os aspectos das perdas de recursos e da possibilidade de retomada da economia e do resgate do respeito ao dinheiro do contribuinte.
“O meu relatório à LDO prioriza a retomada das obras paralisadas, já que sempre afirmei que essas obras paradas não tem serventia. A população não pode utilizá-las e o custo acaba onerando ainda mais o contribuinte. Por isso, precisamos ter a visão de que o problema do Brasil não é só a falta de recursos. Precisamos saber aplicar corretamente o que é arrecadado” – frisou o republicano.
Wellington participou, na terça-feira, 8, do Seminário Infraestrutura e Desenvolvimento do Brasil, realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília. O evento contou, na abertura, com a presença do presidente Michel Temer, que confirmou a liberação de R$ 2,73 bilhões para mais de 1,6 mil obras paralisadas em todo país. Estão previstas a criação de 45 mil empregos diretos.
Dos valores a serem liberados para Mato Grosso, 40% referem-se a obras paralisadas no setor da educação. Desse percentual, 36,4% serão destinados a conclusão de creches e pré-escolas. O restante, (3,6%) do valor serão investidos em melhoria dos equipamentos nas escolas, como a construção de quadras poliesportivas. Em seguida, aparecem investimentos em saneamento básico. Do total programados, 23,6% refere-se a retomada de obras de esgotamento sanitário e distribuição de água.
Ainda na melhoria do padrão de saúde, estão previstos 20% dos pouco mais de R$ 54 milhões para retomada de obras de Unidades Básicas de Saúde, as chamadas UBS. Só em Várzea Grande, cidade da região metropolitana de Cuiabá, existem nove obras de UBS paralisadas e que agora serão retomadas. A cidade ainda receberá R$ 1,5 milhão para elaboração do Plano Municipal de Saneamento.
Cuiabá será contemplada com obras de creche e pré-escola, construção de UBS e restauração de patrimônio histórico. Ao todo, serão liberados para retomar obras na Capital do Estado um total de R$ 5,6 milhões. Em Rondonópolis serão retomadas obras do Centro de Iniciação ao Esporte, ampliação do sistema de saneamento básico nos bairros Jardim Ipanema e Boa Esperança, urbanização do Residencial Lúcia Maggi III e no projeto de implantação de praças.
De acordo com o relatório do Ministério do Planejamento, em Mato Grosso estão previstos a retomada de obras também nos municípios de Aripuanã, Barra do Bugres, Cáceres, Campinápolis, Castanheira, Colniza, Confresa, Contriguaçu, Denise, Guarantã do Norte, Guiratinga, Indiavaí, Jaciara, Nova Marilândia, Paranaíta, Peixoto de Azevedo, Planalto da Serra, Poconé, Pontes e Lacerda, Porto Alegre do Norte, Santa Terezinha, Santo Afonso, Santo Antônio do Leverger, Sinop e Sorriso.
Em sessão no Senado, Wellington Fagundes também salientou o prejuízo que causam à população as mais de 20 mil obras inacabadas no país. Para ele, a situação deriva de uma questão cultural dos políticos brasileiros, que resistem a dar continuidade a empreendimentos de administrações anteriores. O senador republicano aproveitou para alertar os novos prefeitos para a responsabilidade de completar as obras antigas e só começar novas obras mediante o cumprimento de todas as exigências.