Mato Grosso tem estabilidade na incidência de dengue, afirma a Saúde

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Com altos números de casos prováveis de dengue, Mato Grosso passou a apresentar estabilidade na incidência da doença. A informação é do Ministério da Saúde, que atualizou, na segunda-feira (14), o cenário epidemiológico em todo país.

Além do Estado, Maranhão também registra coeficiente estável e os demais queda na ocorrência da enfermidade.

Desde o início deste ano, Mato Grosso contabiliza 29.205 casos prováveis de dengue, o que representa uma taxa de 798,2 notificações para 100 mil habitantes. Há ainda onze mortes confirmadas e quatro em investigação.

No país, já são 4,7 milhões ocorrências e os óbitos totalizam 2,5 mil até o momento.

Para o MS, os dados, referentes à semana epidemiológica 19 e fechados no último sábado (11), sinalizam um cenário mais positivo no enfrentamento da dengue.

“É uma mudança significativa de tendência da incidência da doença. Seguindo o padrão do avanço da dengue, a previsão é que os dois únicos estados que ainda estão em estabilidade já entrem em queda nas próximas semanas”, explicou, em entrevista coletiva, a secretária de Vigilância em Saúde em Ambiente, Ethel Maciel.

Segundo ela, mais esforços estão sendo empregados para o controle das arboviroses no país.

Para isso, o Ministério da Saúde promove uma oficina de trabalho com os maiores especialistas sobre o assunto.

“A ideia é produzir subsídios para a construção do plano de enfrentamento 2024/2025. Feito isso, a etapa seguinte será a pactuação nos conselhos municipais e estaduais para implantar esse plano”, acrescentou.

VACINAÇÃO – Até o momento, 2,6 milhões de doses de vacinas contra a dengue foram distribuídas aos estados e ao Distrito Federal.

Para Mato Grosso, foram enviadas 32 mil doses, distribuídas para 35 municípios mato-grossenses.

O público-alvo são crianças de 10 a 14 anos por ser a faixa etária com o maior número de hospitalizações por dengue.

A delimitação do público-alvo foi necessária devido à capacidade restrita de fornecimento de doses pelo laboratório fabricante da vacina.

O esquema vacinal recomendado pela campanha envolve a administração de duas doses da vacina, com um intervalo de três meses entre elas.

Os pais ou responsáveis devem comparecer às unidades de saúde, munidos de documento de identificação da criança ou adolescente e a caderneta de vacinação, para garantir o registro adequado da imunização.

As autoridades reforçam que a principal maneira de combater a dengue é eliminando os criadouros do mosquito Aedes aegypti, que transmite a zika e a chikungunya.

Quanto à zika, os dados do MS apontam que o Estado registra 75 casos da enfermidade, o que corresponde a 2,1 casos para 100 mil pessoas e, à chikungunya, são 8.837 registros, com uma incidência de 241,5 por 100 mil.

Fonte: Diário de Cuiabá