Mato Grosso monitora 66 casos de varíola dos macacos em 1 mês

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Em um mês, Mato Grosso passou a monitorar mais de 60 casos de monkeypox, mas conhecida como varíola dos macacos, distribuídos por diferentes municípios mato-grossenses. Desde agosto passado, já são 35 notificações da doença confirmadas e 31 seguem em investigação, num total de 66 registros.

No Estado, os primeiros pacientes foram confirmados no dia 5 do mês passado referentes a dois moradores de 39 e 40 anos de Cuiabá. Desde então, o número de contaminados vem subindo gradativamente. No mesmo período, 33 suspeitos foram descartados.

Conforme boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde, até terça-feira (6) pela manhã, a Capital contabilizava 19 casos confirmados e contavam ainda com outros nove suspeitos. Em Várzea Grande, são seis confirmações e um em investigação.

As demais cidades com contaminados confirmados da monkeypox são Rondonópolis (1), Sorriso (1), Barra do Garças (2), Nova Xavantina (1), Tangará da Serra (3) e Campo Novo dos Parecis (2). Já os suspeitos, além de Cuiabá e Várzea Grande, são de Sorriso (2), Barra do Garças (1), Tangará da Serra (2), Sinop (3), Campo Novo dos Parecis (6), Peixoto de Azevedo, Itiquira, Tapurah, Paranaíta, Campos de Júlio e Acorizal, estes últimos seis com uma notificação cada.

Há ainda uma investigação de um paciente residente de outro estado da Federação, mas registrado em Rondonópolis.

Com o avanço da varíola dos macacos, a Secretaria de Estado de Saúde elaborou, ainda em meados de agosto um plano de contingência contra a doença.

O plano de contingência estabelece estratégicas de contenção, controle e orientações assistenciais, epidemiológicas e laboratoriais úteis para preparação e resposta à gestão da emergência “monkeypox”, no Estado.

Segundo o documento, estão previstos três níveis para a classificação de emergência, sendo o primeiro considerado como de “preparação”, o segundo, de “contenção; e o terceiro, de “mitigação”.

Na “contenção”, por exemplo, o risco é significativo, superando a capacidade de resposta local, necessitando de recursos adicionais e o apoio complementar da esfera estadual com a possibilidade de envio de equipe de resposta à emergência em saúde pública.

Já a fase de “mitigação”, há transmissão intensa local e/ou regional, capacidade local limitada ou insuficiente, e necessidade de intervenção estadual.

“A ameaça é classificada como relevância estadual com impacto sobre diferentes esferas de gestão do SUS, exigindo uma ampla e coordenada resposta articulada em nível governamental. Este evento constitui uma situação de excepcional gravidade, podendo culminar na Declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Estadual (Espil)”, diz o plano.

A varíola dos macacos é, geralmente, uma doença autolimitada, o período de incubação é tipicamente de 6 a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias, e os sinais e sintomas duram de 2 a 4 semanas.

A transmissão entre humanos ocorre, principalmente, por meio de contato pessoal com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas infectadas ou objetos recentemente contaminados. O vírus também pode infectar as pessoas por meio de fluidos corporais.

Fonte: Diário de Cuiabá