Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelam que, nesta segunda-feira (12.08), Mato Grosso lidera o ranking dos estados com o maior número de focos de queimadas no Brasil. Foram detectados 440 focos pelo órgão entre ontem e hoje, o que faz com que o estado concentre cerca de 33% dos focos do país. Pará, com 388 focos, e Amazonas, com 198 focos, completam a lista dos três estados com mais focos.
Segundo o Inpe, a maioria dos focos em Mato Grosso (42%) está localizada em municípios predominantemente do bioma amazônico, totalizando 185 focos ativos nessas áreas. O Cerrado ocupa o segundo lugar, com 180 focos, representando 40,9% dos focos do estado. O Pantanal aparece em terceiro, com 75 focos ativos, cerca de 17% do total.
Atualmente, a maior parte dos focos no bioma pantaneiro está concentrada em Mato Grosso, enquanto Mato Grosso do Sul possui 13 focos ativos. O município mais afetado nesta segunda-feira é Barão de Melgaço (109 km de Cuiabá), com 52 focos. Em Poconé (104 km de Cuiabá), há 18 focos ativos. De acordo com o Governo de Mato Grosso, 119 homens estão atuando no combate ao fogo, com o apoio de quatro aviões, 39 viaturas, incluindo caminhões-pipa e caminhonetes, 21 máquinas para construção de aceiros, e um barco.
Desde o início da semana passada, o Corpo de Bombeiros está atuando tanto na Reserva Particular do Patrimônio Natural Sesc Pantanal (RPPN) quanto nas propriedades adjacentes. Os militares também combatem incêndios na Fazenda Cambarazinho e Porto do Triunfo, em Poconé; em Porto Conceição e na divisa com a Bolívia, em Cáceres; e ao sul do Pantanal, na Fazenda Belica, que faz divisa com Mato Grosso do Sul.
“O Pantanal é um bioma complexo que facilita a propagação das chamas, por isso, mais de 50 bombeiros foram distribuídos em várias frentes para combater o fogo da melhor forma possível. Em sua maioria, são locais de difícil acesso, mas nos planejamos desde o início do ano para garantir que as equipes do Corpo de Bombeiros consigam chegar a todos os lugares possíveis”, explicou o tenente-coronel Rafael Marcondes, diretor-adjunto operacional dos Bombeiros.
No Pantanal, as ações contam com o apoio de brigadistas do Sesc, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), além de militares do Exército Brasileiro, da Força Aérea Brasileira e da Marinha do Brasil. (PNB)