O mato-grossense Alan Diego dos Santos Rodrigues disse em depoimento para a CPI do 8 de Janeiro que foi ameaçado para transportar o artefato explosivo, que foi armado nos arredores do aeroporto de Brasília, em dezembro de 2022.
“Precisava colocar para manter minha família em segurança. Eu levei porque tinha que levar para eu não sofrer represália. Eu tenho medo. Não sei se minha família alguém já morreu, ninguém deixa eu falar com a minha família”, disse aos parlamentares.
Alan contou que no dia do ocorrido, chegou a ligar para a polícia, mas que suas ligações não foram atendidas. Segundo ele, quando voltou ao local, o caminhão onde a bomba foi armada já tinha ido embora.
Questionado pelo presidente do CPI, deputado Chico Vigilante (PT), sobre quem seria o autor das ameaças, Alan preferiu ficar em silêncio. Apesar disso, confirmou que seria um “elemento da extrema-direita”.
“Eu já estava sozinho aqui em Brasília. Se a pessoa mostrou pra mim o material e que ia fazer, como eu ia sair depois de ser ameaçado? Eu poderia não querer levar o artefato, eles iram ‘sumir’ comigo e me matar”, acrescentou.
Alan se entregou para a Polícia Civil de Mato Grosso no dia 17 de janeiro. Ele confessou ter participado de uma tentativa de ataque no dia 24 de dezembro do ano passado, em meio às manifestações contra a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Por conta disso, ele foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) a cinco anos e quatro meses de prisão. (Com informações do G1)