Manifestantes mantêm protesto na 13ª Brigada em Cuiabá, sem data para acabar

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Manifestantes mantêm acampamento em frente à 13ª Brigada de Infantaria Motorizada do Exército, na Av. Historiador Rubens de Mendonça, e não têm previsão de quando sairão do local. Eles protestam contra a eleição de Lula (PT), como presidente e pedem intervenção federal.

O Repórter MT esteve no local e ouviu várias pessoas que disseram que o movimento pode durar mais de 30 dias e que eles estão prontos para isso. Grande parte dos manifestantes é de cidades do interior do Estado.

“A gente está aqui porque não aceita um ladrão na presidência da República”, disse Débora, resumindo o espírito do movimento. “Ele nem devia ter sido candidato”, emenda a filha, Catarina. As duas vieram de Nova Mutum e, desde essa quinta-feira (03), integram a manifestação.

As pessoas que aceitaram falar com a reportagem pediram para não ser gravadas. Em suas falas, reclamavam da cobertura de veículos como a Folha de S. Paulo e pediam que a reportagem representasse “a verdade sobre o movimento”.

Segundo os participantes, o movimento receberá o “reforço” de 500 caminhoneiros que virão do interior para Cuiabá neste fim de semana, para participar de uma greve geral de empresários convocada para a próxima segunda-feira (07).

A expectativa do movimento é que o protesto cresça nos próximos dias, assim como foi no feriado de Finados, quando uma multidão fechou a Avenida do CPA.

O ato é organizado e pacífico. Tendas montadas no canteiro central da avenida são usadas para distribuir refeições. Tudo gratuito e organizado entre eles, asseguram os manifestantes. Cadeiras são emprestadas e banheiros químicos foram instalados nos arredores do quartel. De vez em quando, carros e motos que passam pela via buzinam em apoio ao movimento.

Além disso, os manifestantes são uníssonos ao afirmar que a manifestação não é em defesa de Jair Bolsonaro (PL), mas “pelo Brasil” e contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Alguns defendem que houve fraude.

Entre as reinvindicações está a intervenção federal. Questionado sobre a diferença dela para uma intervenção militar, seu Vicente, produtor de Barra do Bugres, resume o que circula entre os manifestantes.

“Na intervenção federal, o presidente toma conta do Brasil. A intervenção militar é quando o presidente declara vaga a cadeira de presidente e um general assume”, disse.

Seu Atério, produtor rural de Lucas do Rio Verde, por exemplo, concorda que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não pode assumir a presidência da República.

“Lula foi solto por um esquema. Ele não pode assumir. Nossa esperança é que eles [aponta para dentro do quartel] façam alguma coisa”, disse, resumindo o que pensa a maioria dos manifestantes que se encontram no local.

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), determinou que os agentes da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob) apliquem multas para os veículos que estiverem estacionados de forma irregular na frente de quarteis do Exército na Capital.

Fonte: Repórter MT