A manicure Ediane Aparecida da Cruz Silva, 21 anos, presa na manhã desta sexta-feira (27) por envolvimento na morte do empresário Toni da Silva Flor, 38 anos, relatou em depoimento na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) que a empresária Ana Cláudia Flor, suposta mandante do crime, tinha um amante enquanto era casada com a vítima.
Ediane relatou aos investigadores que seu irmão, que não teve o nome revelado, era o amante de Ana Cláudia e foi desse relacionamento extraconjugal que ela conheceu a empresária. Ela, a manicure, ainda acrescentou que a Ana Cláudia foi apresentada a toda a sua família.
A trama
Ana Cláudia era cliente de Ediane. Durante um dos atendimentos, a empresária relatou à manicure que era agredida pelo empresário e que Toni era “grosso” com ela. Em um dos encontros, a suposta mandante relatou que estava pretendendo matar o marido e Ediane relatou que conhecia alguém que poderia auxiliar no “serviço”. A pessoa recomendada era Wellington Albino Honório.
Após a recomendação, Ediane passou o telefone de Wellington para Ana Cláudia, que entrou em contato com o criminoso. No diálogo, a empresária relatou a sua intenção e o homem aceitou fazer o “serviço” por R$ 60 mil. Após aceitar realizar o crime, Wellington chamou Diélito Mota da Silva, conhecido como Maquê e falou sobre a proposta de Ana Cláudia.
Maquê teria se interessado no serviço e chamou Igor Espinosa, mais conhecido como Android, para executar o crime. Entretanto, os criminosos não tinham uma arma de fogo e Maquê “penhorou” a sua motocicleta em troca de um revólver calibre 38. Após adquirir o objeto, a dupla repassou a Igor.
Com o revólver em mãos, Igor foi à academia que Toni malhava e o baleou. A vítima chegou a ser socorrida e encaminhada ao Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), mas não resistiu e morreu.
Após o crime, Igor recebeu R$ 20 mil e devolveu o revólver a Wellington e Maquê. De acordo com as informações, o criminoso gastou todo o dinheiro no Rio de Janeiro (RJ). Já Wellington e Maquê não receberam o que foi prometido por Ana Cláudia.
Depois da execução do crime, Wellington foi ao Lago do Manso, em Chapada dos Guimarães (65 km de Cuiabá) e dispensou o objeto, que até o momento não foi encontrado pela equipe do delegado Marcel Gomes de Oliveira, responsável pelas investigações.
Os cinco envolvidos estão presos preventivamente. Já o irmão de Ediane, o amante de Ana Cláudia, deverá ser ouvido nos próximos dias. A intenção da Polícia Civil é descobrir se ele tinha envolvimento na morte de Toni.
As investigações do caso continuam, mas o delegado deverá finalizar o inquérito na próxima semana.
Fonte: Hipernotícias
