A mãe que jogou o próprio filho de apenas 2 meses de vida em uma fogueira na última sexta-feira (8), no bairro Tarumã, em Várzea Grande, responderá pelo crime de infanticídio, conforme explicou o delegado de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), Nilson Farias. Atualmente, a mulher, que não teve o nome revelado, está presa e à disposição da Justiça, aguardando o julgamento.
Conforme explicou Nilson Farias, a mãe sofre de problemas psicológicos. Relatos dão conta de que ela também é usuária de entorpecentes e que, no dia do fato, ela estava indo para um determinado lugar para fazer o uso de droga. Ela foi submetida a exames toxicológicos, mas segundo afirmou o delegado, mesmo que se comprove a veracidade de que ela é dependente química, a mulher ainda responderá pelo crime de infanticídio.
“Como mãe, ela tem o direito (sic) de prezar pela segurança do seu filho. Ela foi presa, mas não por homicídio”, disse em entrevista à Rádio Vila Real FM, nesta terça-feira (12).
Conforme prevê o artigo 123 do Código Penal Brasileiro, o crime de infanticídio é caracterizado por matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após. Estado puerperal é o período de readaptação do corpo da mulher após o nascimento do bebê. A pena varia entre dois a seis anos de detenção.
Atualmente, a mãe está presa. O delegado não soube informar para qual unidade prisional do Estado, ela foi encaminhada.
O CASO
A morte do bebê foi na última sexta-feira. Segundou Nilson Farias, a mãe passava com ele por uma rua do bairro, quando avistou o fogo às margens da via. “Viu o fogo, jogou o bebê e, em seguida, tentou salvá-lo, mas não conseguiu”, afirmou. Conforme reportou o HNT, quando não conseguiu salvar o bebê, a mulher se escondeu em uma região de mata, mas foi encontrada e encaminhada para o Pronto Socorro Municipal de Várzea Grande (PSMVG), onde recebeu voz de prisão.
Famíliares relataram à polícia que, a princípio, ela não queria o filho durante a gravidez. Mas, depois do nascimento, “ela se apegou muito” e, às vezes, não deixava outros familiares terem contato com a criança. (HNT)