Uma mãe deixou o telefone celular escondido para tentar filmar o marido estuprando filha, de 12 anos, após a menina contar a ela sobre os abusos. No entanto, quando teve acesso às imagens, a mulher descobriu o criminoso violentando a filha mais nova, de 9 anos.
Desesperada, a mulher procurou delegacia de Sinop (480 km de Cuiabá), registrou um boletim de ocorrência e o criminoso, com que já convivia há 10 anos, foi preso na quarta-feira (06).
Após o relato da filha mais velha, que ocorreu há cerca de 15 dias, a mãe tomou a decisão gravar a ação do criminoso. Ela escondeu o celular o deixou gravando e foi a igreja. Quando voltou pegou o aparelho para saber se a cena havia sido registrada. Mas ao olhar as imagens, descobriu que os abusos também eram cometidos contra a filha mais nova.
A mulher tomou a decisão de gravar a cena por medo de que a palavra da criança não fosse suficiente para condenar o criminoso.
“A mãe, perplexa com aquilo e desesperada com a situação, achou que não bastava a palavra da criança para que trouxesse essa informação até a delegacia”, explicou a delegada de Polícia Civil, Renata Evangelista.
A delegada explicou ainda que, nesses casos, a palavra da vítima tem especial relevância. “Neste tipo de crime, um abusador não pratica o crime na frente de todos, ele está na surdina, quando todos saem de casa. Então a palavra da vítima é a que vai contar porque não tem outra testemunha”, disse.
“Uma criança de 7, 8, 9 anos de idade, não tende a inventar histórias de cunho sexual”, completou.
Ao longo das investigações, a Polícia Civil apurou ainda que os abusos contra menina de 12 anos aconteciam, no mínimo, há um ano.
Quando a família ainda estava em Primavera do Leste, o criminoso abusou da criança, que cogitou contar para a mãe, mas foi ameaçada. O padrasto disse que se ela contasse para mãe, seria internada em um orfanato. A menina, então, permaneceu em silêncio.
O criminoso foi preso em flagrante e deve responder por estupro de vulnerável.
Fonte: Repórter MT