A empresária Patrícia Hellen Guimarães Ramos negou que irá processar a União pelo assassinato de sua filha, Isabele Guimarães Ramos, à época com 14 anos. No dia 25 de abril, o advogado da família, Hélio Nishiyama concedeu entrevista à jornalista Sônia Birdi, da Globo, na qual não descartou a possibilidade.
“Como já me manifestei anteriormente, sou terminantemente contra a permissão para que crianças e adolescentes tenham acesso autorizado a armas de fogo. Porém gostaria de esclarecer que não há pretensão da minha parte de processar o Presidente da República/Governo Federal pela responsabilidade do assassinato da minha filha, uma vez que, resta claro a todos quem puxou o gatilho e quem possibilitou que o crime ocorresse”, escreveu a mãe em uma rede social.
Na entrevista ao podcast “À mão armada”, da Globoplay, Hélio Nishiyama havia declarado que “a república federativa do Brasil se mostrou omissa na proteção da juventude brasileira”, além disso, ele defendeu que o decreto presidencial nº 9.846 de 2019, que afrouxou as regras para a prática de tiro esportivo por adolescentes, serviu como “plano de fundo jurídico da morte de Isabele”.
Isabele foi morta na noite do dia 12 de julho de 2020, enquanto passeava na casa da melhor amiga. Durante a tarde, o pai da adolescente que matou a jovem fazia a manutenção em armas de fogo que ficaram ao alcançe dos adolescentes. O namorado da atiradora, também menor de idade, ainda levou mais duas armas à residência de luxo no condomínio Alphaville I, em Cuiabá.
As armas, que eram do pai do menino, ficaram na casa onde aconteceu o crime e uma delas foi usada para matar Isabele com um tiro no rosto. Todos os envolvidos foram responsabilizados penalmente. A adolescente que assassinou a amiga responde por ato infracional análogo a homícidio doloso e está internada no Complexo do Pomeri, na Capital.
Fonte: Hipernotícias