‘Madrinha’ de facção é condenada a 100 anos por homicídios e tortura em MT

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A ré Angélica Saraiva de Sá, a “Madrinha” foi condenada a 99 anos e 11 meses de reclusão e ao pagamento de 10 dias-multa, na quinta-feira (27), em Nova Monte Verde (968 km de Cuiabá), pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e integração a organização criminosa (Comando Vermelho). Julgada pelo Tribunal do Júri da comarca, a condenada iniciará o cumprimento da pena em regime fechado e não poderá recorrer da sentença em liberdade.

O Conselho de Sentença acolheu a tese do promotor de Justiça Cleuber Alves Monteiro Júnior e reconheceu que o crime foi praticado por motivo torpe, com emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas.

De acordo com o Ministério Público, Angélica e outros 14 denunciados mataram Alan Rodrigues Pereira, Caio Paulo da Silva, Jefferson Vale Paulino e João Vitor da Silva, em agosto de 2022, na Fazenda São João.

Conforme a denúncia, as vítimas chegaram à cidade para trabalhar nas obras de pavimentação asfáltica, no entanto, foram supostamente identificadas pelos denunciados como integrantes de uma facção criminosa rival, conhecida como Primeiro Comando da Capital (PCC).

No dia do crime, duas das quatro vítimas compareceram à residência de um dos denunciados, possivelmente para adquirir entorpecentes. Diante das suspeitas, foram mantidos reféns e torturados até confessarem a participação na facção rival. (HNT)