Assim como fez o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2019, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu não ir à posse do presidente eleito da Argentina, Javier Milei, realizada neste domingo (10.12.23), em Buenos Aires. Para representar o Brasil, o petista enviou o chanceler Mauro Vieira.
Quando Alberto Fernández assumiu, o então chefe do Executivo brasileiro mandou o vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) para acompanhar as solenidades. Foi a 1ª vez desde a redemocratização do país vizinho que um presidente brasileiro não compareceu à posse do chefe do Executivo.
Leia o histórico: 1989: José Sarney (do então PMDB) foi à posse de Carlos Menem; 1995: com a reeleição de Menem, Fernando Henrique Cardoso (PSDB) compareceu à cerimônia; 1999: FHC foi novamente a Buenos Aires para a posse Fernando De la Rúa; 2003: Lula prestigiou Néstor Kirchner no evento; 2007: o petista também foi à posse de Cristina Kirchner; 2011: reeleita, Kirchner recebeu Dilma Rousseff (PT); 2015: Dilma também compareceu à posse de Mauricio Macri. Em 2019, Bolsonaro fez oposição à eleição de Fernández e apoiou a reeleição de Maurício Macri.
A decisão pelo envio de Mourão foi marcada por muitas idas e vindas. A princípio, o ex-presidente havia escalado o então ministro Osmar Terra (Cidadania) e, depois, o embaixador Sérgio Danese para representar o governo brasileiro na cerimônia. Por fim, aceitou enviar o vice-presidente por sugestão de militares que integravam o governo. Já Lula apoiou a eleição do candidato peronista Sergio Massa. Durante sua campanha eleitoral, Milei chamou o petista de “comunista” e “corrupto”. Fonte: Poder 360
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