O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), estará em Várzea Grande nesta quarta-feira (31), em evento que marca a internacionalização do Aeroporto Marechal Rondon. Mas ainda estão pendentes autorizações da Receita Federal, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Ministério de Agricultura e Pecuária (Mapa). Sem essas autorizações, o ato tem um caráter simbólico, mas na prática nada vai mudar para o estado.
Em conversa com o RepórterMT, o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Cesar Miranda, disse que somente a Polícia Federal deu aval para a estrutura do aeroporto, que passou por melhorias para atender as exigências dos órgãos federais.
Conforme o secretário, todas as visitas técnicas e trâmites burocráticos necessários já foram realizados. A expectativa é que Lula traga as autorizações com ele.
“Se o presidente vem para conhecer a obra que foi feita para possibilitar, não só o conforto dos passageiros, a segurança, mas também atender os órgãos federais para que seja internacionalizado o aeroporto, a expectativa é que ele já traga essas autorizações também, porque são todos órgãos federais”, afirmou.
Conforme o secretário, o Governo do Estado atua na direção da internacionalização desde a época da concessão do aeroporto para a empresa Centro-Oeste Airports (COA). A partir da internacionalização, serão oferecidos benefícios fiscais para as empresas que operarem no aeroporto de Várzea Grande.
“Nós vamos fazer interlocução com as empresas até porque tem um incentivo fiscal do governo do estado, o Voe MT, que as empresas que originem voos internacionais, a partir de Mato Grosso, a partir do Marechal Cândido Rondon, eles serão isentos de imposto no combustível e no lubrificante”, explicou Cesar Miranda.
Para o secretário, além da quantidade de passageiros, o estado tem potencial para se tornar um hub [um espaço físico ou virtual onde várias coisas/empresas se conectam] regional para voos operados na América do Sul.
“Nós temos condições de ser um grande hub, um centro de distribuição dos voos, quer dizer, os países da América do Sul, principalmente, fazerem escala em Cuiabá e daqui ir para os Estados Unidos, Europa, enfim. Aí é trabalhar. O incentivo fiscal, que é muito bom, como eu disse, é zero de imposto, já existe”, disse.
Para Cesar Miranda, a internacionalização do Aeroporto Marechal Rondon representa uma possibilidade de aceleração do desenvolvimento do estado, por permitir que não apenas turistas sejam beneficiados, mas facilitar o deslocamento de empresários que têm negócios em Mato Grosso, além do transporte de cargas, geralmente de alto valor agregado.
“Isso tudo vai gerar emprego não só no entorno do aeroporto, como em todos os municípios de Mato Grosso. E é muito importante para nós”, concluiu.
(Repórter MT)