Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tomou posse neste domingo (1º), como 39º presidente do Brasil, em sessão solene do Congresso Nacional.
Em discurso aos congressistas, o petista defendeu “democracia para sempre”. “Sob os ventos da redemocratização, dizíamos ‘ditadura nunca mais’. Hoje, depois do terrível desafio que superamos, devemos dizer ‘democracia para sempre'”, afirmou.
O petista também disse que a mensagem que quer passar ao Brasil é de “esperança e reconstrução”. “Hoje, nossa mensagem ao Brasil é de esperança e reconstrução. O grande edifício de direitos, de soberania e de desenvolvimento que essa nação levantou a partir de 1988, vinha sendo sistematicamente demolido nos anos recentes. É para reerguer esse edifício de direitos e valores nacionais que vamos dirigir todos os nossos esforços”, disse Lula.
Lula afirmou que a democracia foi a “grande vitoriosa” das eleições de outubro de 2022.
“Foi a democracia a grande vitoriosa nesta eleição, superando a maior mobilização de recursos públicos e privados que já se viu. As mais violentas ameaças à liberdade do povo. A mais abjeta campanha de mentiras e de ódio tramada para manipular e constranger o eleitorado brasileiro”, completou o petista.
O presidente empossado afirmou também que os direitos da população, o fortalecimento da democracia e a retomada da soberania nacional serão “os pilares” de seu terceiro governo.
Ações sociais
Ao longo do discurso, Lula relembrou promessas feitas durante a campanha e anunciou outros compromissos.
A lista inclui: definir, em conjunto com os governadores, uma lista de obras prioritárias a serem retomadas; retomar o Minha Casa, Minha Vida e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC); impulsionar as pequenas e médias empresas; retomar a política de valorização permanente do salário mínimo; acabar com a fila do INSS; dialogar com governo e sindicatos para aprovar uma “nova legislação trabalhista” que una liberdade de empreender e proteção social; iniciar a transição da matriz energética do país para modelos sustentáveis; alcançar o desmatamento zero na Amazônia e a emissão zero de gases de efeito estufa; estimular o reaproveitamento de pastagens degradadas; revogar as “injustiças cometidas contra os povos indígenas”; apurar responsabilidades e punir desvios de conduta no enfrentamento à pandemia de Covid.
A sessão
O petista chegou à sede do Poder Legislativo por volta das 14h40. Ele subiu a rampa do Congresso e foi recebido pelos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
O presidente estava acompanhado do vice, Geraldo Alckmin (PSD). As esposas de Lula, Janja da Silva, e de Alckmin, Lu, também participaram do evento.
Ao chegar ao plenário da Câmara, Lula foi abordado por vários parlamentares, que buscavam cumprimentar o presidente e tirar uma foto com o petista.
Chefes de Estado de vários países também estavam no plenário, como os presidentes de Portugal, Marcelo Rebelo, e da Argentina, Alberto Fernández.
Lula foi empossado durante sessão solene do Congresso Nacional, no plenário da Câmara dos Deputados. Na mesma ocasião, Geraldo Alckmin (PSB) tomou posse como vice-presidente.
A sessão solene foi presidida por Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Estavam na mesa principal do plenário, além de Pacheco, Lula e Alckmin, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o primeiro-secretário do Congresso, Luciano Bivar (União-PE), a presidente do STF, Rosa Weber, e o procurador-geral da República, Augusto Aras. Ao abrir a sessão, Pacheco propôs e foi realizado um minuto de silêncio em homenagem ao ex-jogador de futebol Pelé e ao papa emérito Bento XVI, que faleceram na última semana.
Fonte: G1