Lojistas calculam prejuízos e querem flexibilização do ‘minilockdown’ em MT

Fonte:

As 58 Câmaras de Dirigentes Lojistas (CDLs) em Mato Grosso, por meio de seus mais de 20 mil associados, elaboraram um documento solicitando ao governador Mauro Mendes (DEM) a flexibilização imediata do Decreto Estadual N. 836, de 1º de março de 2021, que impõe medidas restritivas, como meio de conter a disseminação da Covid-19 em Mato Grosso.

O documento foi protocolado na Casa Civil  do Palácio Paiaguás na sexta-feira (5).

Por meio dele, as entidades alertam que, durante os 15 dias de duração do decreto, “estimam-se  prejuízo para as atividades econômicas próximo a R$ 360 milhões, destacando que, somente nas atividades de bares e restaurantes, o prejuízo estimado é de R$ 154 milhões”.

No documento, as CDLs relatam que o momento da Saúde Pública é grave e requer atenção, porém é preciso se ater também ao impacto que as medidas restritivas podem causar para a economia mato-grossense.

As medidas impostas pelo decreto poderão resultar na falência de empresas e, consequentemente, no fechamento de postos de trabalho formais e perda de renda de muitas famílias.

As CDLs solicitam flexibilizações nos horários e sugerem algumas ações ao Governo que podem ajudar no controle da disseminação do coronavirus.

Entre as medidas propostas, estão: implantação de protocolos para monitoramentos de sintomas iniciais, intensificação na imunização da população com vacina, adoção de protocolos para prescrição do Kit Covid em fase de sintomas iniciais e de maneira preventiva, investimento na prevenção com disponibilização de vitaminas e outras, rígidos protocolos de isolamento de casos suspeitos e confirmados, preservação da população que faz parte do grupo de risco, reativação de UTIs e/ou hospitais de campanha.

Também defendem a utilização de prédios públicos, como estádios e ginásios, para atendimento à população, intensificação das fiscalizações em estabelecimentos que não cumprem os protocolos de biosseguranças, campanhas de conscientização e distribuição de materiais orientativos, investimento para ampliação e facilitação para testagem, ampliação do sistema de transporte público e ampliação de horários de modo a limitar a quantidade de passageiros, distanciamento social, uso de máscara facial e disponibilização de álcool gel obrigatórios em todos segmentos públicos e privados, segmentação de protocolos para os mais variados tipos de comércio e sanitização de espaço públicos e privados.

O documento reforça que os empresários já adotam as medidas de biossegurança e que as CDLs, com ações e canais de comunicação, orienta-os diariamente pela manutenção de um check list que envolve detalhadamente a importância do distanciamento social, do uso de máscara facial e da disponibilização do álcool em gel dentro dos seus estabelecimentos, além de incentivá-los a aderir o serviço de delivery, aplicar continuamente a sanitização nos estabelecimentos e manter fixado materiais orientativos visíveis para consumidores e colaboradores.

“Esse documento foi elaborado com base em diversas solicitações de associados que fazem parte do movimento cedelista em Mato Grosso. São cidadãos que estão lutando para manter os seus negócios minimamente ativos e, consequentemente, os empregos de muitos trabalhadores. Sabemos que o momento é delicado para a Saúde Pública. Porém o decreto causará um impacto econômico negativo na vida de muitas pessoas, podendo levar à falta de alimentos dentro de casa, a falta de recursos para terem o mínimo de subsistência e dignidade, até mesmo para se tratarem das mais diversas comorbidades existentes. Então, pedimos que o governador analise, pondere os pontos inseridos nesse documento, viabilizando um novo decreto”, afirmou o presidente da CDL Cuiabá, Célio Fernandes.

Fonte: Diário de Cuiabá