Alvo da Operação Descobrimento da Polícia Federal, contra o tráfico internacional de drogas, o lobista e advogado Rowles Magalhães foi preso preventivamente na manhã desta terça-feira (19) em São Paulo (SP). Em cumprimento de mandado de busca em um imóvel dele em Cuiabá, foram apreendidos acessórios de grife, dólares e euros. As informações são do Primeira Página.
Além de Rowles, foi preso pela PF o ex-secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Nilton Borges Borgato, na capital mato-grossense. Entre os alvos da operação estão doleiros, fornecedores de cocaína, mecânicos de aviação e auxiliares.
No total, a PF tenta cumprir 43 mandados de busca e apreensão e sete de prisão preventiva na Bahia, em São Paulo, Rondônia, Pernambuco e Mato Grosso.
A PF não deu detalhes sobre as suspeitas contra Magalhães e o ex-secretário de Ciência e Tecnologia, que foi preso no apartamento onde vive, no bairro Jardim Aclimação. Borgato deixou a pasta estadual em março, com outros secretários, e é pré-candidato a deputado federal pelo PSD.
O Primeira Página ainda tenta contato com a defesa de Rowles Magalhães e de Nilton Borgato.
Em 2012, Rowles Magalhães ganhou notoriedade após ter tido a identidade revelada depois de denunciar que existia um esquema de propina, na ordem de R$ 80 milhões, que teria beneficiado a empresa vencedora da licitação da obra do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). O modal de transportes nunca saiu do papel, mas consumiu mais de R$ 1 bilhão dos cofres públicos de Mato Grosso, e será substituído pelo BRT (Bus Rapid Transit).
Rowles foi o responsável pelo lobby para a viabilização do projeto do VLT, e teria sido beneficiado financeiramente, assim como a classe política da época. Ele tinha estreitas ligações com o ex-governador Silval Barbosa (MDB) e seu vice, à época, Chico Daltro, tendo sido assessor especial da Vice-Governadoria.
Ele foi candidato a deputado federal em 2014 pelo partido Solidariedade. Foi derrotado nas urnas e teve as contas reprovadas pelo TRE-MT (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso) após serem identificadas omissão de despesas na prestação de contas eleitorais que chegaram a R$ 60 mil.
Fonte: Primeira Página
