Imagens mostrando uma grande quantidade de lixo espalhado pela Praça Caetano de Albuquerque, na Rua Cândido Mariano, calçadão de Cuiabá, chamaram a atenção nas redes sociais nesta semana.
Apesar da situação do vídeo, que aconteceu na última segunda-feira (4), viralizar, esta não foi a primeira vez.
Comerciantes relatam que constantemente chegam para trabalhar e encontram situações parecidas em frente a suas lojas. Muitos disseram já terem procurado ajuda da Prefeitura diversas vezes, sem nenhum retorno.
Nas imagens, é possível ver no local, além do lixo comum, pedaços de madeira e partes do que provavelmente foi um guarda-roupas, além de algo que não é possível perceber pelo vídeo, o cheiro, com um forte odor.
A reportagem do MidiaNews, em conversa com comerciantes, ouviu relatos de que a coleta no local não está sendo regular e após o acúmulo do fim de semana, moradores em situação de rua reviram com frequência o lixo.
“Direto acontece isso aqui, no Beco do Candeeiro e na esquina da Rua Campo Grande. Agora que viralizou, mas isso sempre acontece”, disse uma comerciante que não quis se identificar.
De acordo com a Limpurb (Empresa Cuiabana de Limpeza Urbana), é realizada coleta no Centro de Cuiabá todos os dias no mínimo duas vezes e que a culpa pelo lixo espalhado seria dos moradores em situação de rua, que mexem nas lixeiras com intuito de conseguir objetos que eles julgam de valor.
Entretanto, fotos mostram lixo acumulado em diversos outros pontos do Centro Histórico da cidade.
Taxa do Lixo
Desde julho de 2023 a Prefeitura de Cuiabá cobra a taxa de coleta de lixo. A medida havia sido aprovada pela Câmara Municipal no dia 28 de dezembro de 2022.
Nos imóveis em que o lixo domiciliar é coletado três vezes por semana, a taxa é de R$ 11,11 ao mês. E não que são coletados seis vezes por semana, é cobrada a taxa de R$ 22,22.
No início deste ano, a Prefeitura de Cuiabá quis aumentar o valor em 212%, subindo de R$ 10,60 para R$ 33,10 e os R$ 21,20 para R$ 66,20. A Câmara Municipal, porém, barrou o aumento.
Apesar de pagarem, moradores reclamam que a coleta não é cumprida na frequência contratada e, inclusive, os garis chegaram a paralisar suas atividades ao menos duas vezes em 2023, devido a atrasos nos pagamentos de salários.
Insegurança
Na semana passada, uma loja teve vasos de planta destruídos, aumentando cada vez mais a insegurança dos comerciantes. Segundo eles, os danos e invasões para furtos são recorrentes.
“Cada dia que passa está pior, nem os clientes vêm mais pra cá por medo. Toda noite temos lojas que são furtadas, a Polícia prende e no outro dia estão soltos. É fio de luz, é prédio invadido, mercadoria levada, temos lojista com três BOs de furto em um mês”, disse a comerciante.
“Já buscamos a Prefeitura pra ter alguma resposta, já fizemos abaixo assinado e até agora não houve respostas”, encerrou. Fonte: Midianews
Veja abaixo as imagens: