Laudo dá parecer favorável à soltura de adolescente que matou Isabele

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A equipe multidisciplinar do Complexo Pomeri emitiu um laudo a favor da liberação da adolescente que atirou e matou a amiga, Isabele Guimarães Ramos, em julho de 2020, no condomínio de luxo Alphaville, em Cuiabá.

O laudo deverá ser encaminhado ao Ministério Público Estadual e, só então a Justiça deverá tomar uma decisão.

Essa é a segunda recomendação feita pela unidade, sobre a progressão da medida. A primeira  recomendação foi feita após a jovem completar seis meses de internação, mas foi negada pelo juiz da 2ª Vara de Infância e juventude de Cuiabá, Túlio Duailibi Alves de Souza, que manteve a internação da menor.

Lembrando que nesta quarta-feira (19), a jovem completou um ano de internação no Centro Socioeducativo Menina Moça. Assim, a pena foi revista e atualizada novamente.

A menor suspeita foi condenada a até 3 anos de internação por ato infracional análogo ao crime de homicídio doloso, em determinação feita pela juíza Cristiane Padim da Silva, da 2ª Vara Especializada da Infância e Juventude de Cuiabá. A pena será revista a cada 6 meses. Na reavaliação, é emitido um laudo apontando a permanência ou não da internação.

Apesar das recomendações, somente a Justiça pode decidir pela soltura ou não, após apreciação do Ministério Público.

O caso

Isabele foi morta em 12 de julho do ano passado, no condomínio de luxo Alphaville, em Cuiabá. Ela passava a tarde de domingo na residência da família Cestari, seus vizinhos de condomínio. À noite, um disparo frontal efetuado por uma das filhas de Marcelo e Gaby Cestari, dentro do banheiro da amiga, matou a jovem imediatamente.

A adolescente acusada foi indiciada pela infração análoga a homicídio doloso, quando há intenção de matar ou se assume a possibilidade de morte. O MPE endossou os indícios apresentados pela polícia em denúncia oferecida em 10 de setembro pelo promotor Rogério.

A adolescente nega intenção. Afirma que aconteceu um disparo acidental quando o case que continha a arma caiu no chão e disparou. A defesa chegou a pedir clemência o que não foi acatado pelo MPE. O namorado de B. foi denunciado por ato infracional compatível ao porte ilegal de arma de fogo e também virou réu, agora, por esse mesmo tipo penal.

Fonte: O Bom da Notícia