O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Alexander Mendes, afirmou que os integrantes do bando do Novo Cangaço que ainda estão em fuga já foram identificados e serão pegos “mortos ou vivos”. Conforme o militar, eles pertencem a uma facção criminosa que atua em São Paulo.
Ainda segundo o comandante, a caçada continuará até os criminosos se entregarem, sejam capturados ou até que novos confrontos aconteçam. Dois já formam mortos dessa forma e um foi capturado.
As declarações foram dadas em entrevista ao programa Tribuna, da Rádio Vila Real, na manhã desta terça-feira (18).
“Posso garantir que tem mais participação de bandidos de São Paulo de uma facção criminosa que atua naquele Estado. Para nós não é surpresa […]. O mais importante é que eles já foram identificados e iremos sim capturá-los vivos ou mortos”, disse o comandante.
Segundo o coronel, apesar de ser a primeira vez que o grupo age em Mato Grosso, seus integrantes e modus operandi foram identificados em ataques a seguradora de valores da região Sudeste do País.
Além do reforço de mais 30 militares de Minas Gerais nas últimas horas, a equipe recebeu equipamentos de “operação de guerra” para as buscas, que seguem concentradas no Município de Pium (TO), e demais regiões de divisa entre Mato Grosso, Tocantins e Pará, ao longo da Ilha da Banana.
“Recebemos o apoio do helicóptero que tem um equipamento termal para sobrevoo noturno. É praticamente uma operação de guerra”, disse.
Paciência e técnica
O comandante afirmou ter certeza de que o bando será capturado e comparou a operação atual com as buscas do Novo Cangaço em Nova Bandeirantes, em 2021.
“A última operação que fizemos em Nova Bandeirantes demorou 56 dias. Nós estamos praticamente na primeira semana. Tenho certeza que com muita paciência, com muita técnica, ou eles vão se entregar ou nós vamos acabar confrontando mais uma vez”, disse.
Apreensões
Dentre as últimas apreensões das forças de Segurança Pública, estão uma aeronave e uma carreta carregada com soja. Ambas estão sendo verificadas pelo setor de inteligência e a Polícia acredita que o veículo de carga poderia ter sido usado no “resgate” aos criminosos.
“Eles estão com celulares, com equipamentos de comunicação via satélite. Eles estão com uma estrutura realmente muito grande, já fizemos duas apreensões”.
As buscas seguem agora atrás de cerca de 15 pessoas que, conforme os vestígios encontrados pelas equipes, se dividiram em grupos menores.
“Fome, em tese, eles não estão passando. Porque eles têm materiais de sobrevivência para ficar vários dias e a Polícia Militar vai trabalhar enquanto for necessário para pegar esse pessoal”.
Fonte: Midianews
