Alvos da operação “Rescapta”, deflagrada na quinta-feira (17), não conseguiram reverter decisão e continuam com pedidos de previsão preventiva mantidos. A decisão é da Justiça Federal e atinge o coordenador da Funai em Ribeirão Cascalheira, Jussielson Gonçalves Silva; o policial militar Gerard Maxmiliano Rodrigues de Souza e o fazendeiro Enoque Bento de Souza.
A Rescapta tem o objetivo de desarticular esquema de corrupção que envolvia fazendeiros, liderança indígena e servidores da Funai, que realizavam arrendamentos ilegais na Terra Indígena Xavante Marãiwatsédé para desenvolvimento de atividade pecuária. A operação visa combater também a degradação ambiental na terra indígena causada pela criação de gado.
De acordo com a Polícia Federal, além da propina aos servidores, os 15 arrendamentos estariam gerando repasses de aproximadamente R$ 900 mil por mês à liderança indígena Xavante, Damião Paridzané. O líder também ganhou um veículo de luxo, que foi apreendido.
Exames periciais apontaram extenso dano ambiental provocado por queimadas para formação de pastagem, desmatamento e implantação de estruturas voltadas à atividade agropecuária. Apenas em quatro dos quinze arrendamentos ilícitos, os peritos criminais federais estimaram o valor para reparação do dano ambiental em R$ 58.121.705,87.
Além deles, também foi expedida uma ordem judicial para o afastamento de Thaiana Ribeiro Viana das funções na Funai.
BLOQUEIO DAS CONTAS
A juíza federal Danila Gonçalves de Almeida determinou o bloqueio de todas as contas do cacique Damião Paridzané, acusado de receber propina para arrendar terras indígenas para fazendeiros. Com isso, ele poderá realizar saques somente de até R$ 20 mil por mês.
Fonte: Hipernoticias