Justiça manda restaurante que vendeu esfirra ‘recheada com barata’ pagar R$ 14 mil

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A juíza da 4ª Vara Cível de Cuiabá, Vandymara Zanolo, deu 15 dias para o Mamur Esfihas Abertas – rede de restaurantes localizada em Cuiabá -, pagar uma indenização de R$ 14,1 mil a cinco clientes que compraram duas bandejas de esfirras no ano de 2020 e ficaram chocados ao perceber que um dos salgados tinha “sabor barata”.

A decisão da juíza é do último dia 19 de janeiro. Inicialmente, o pagamento foi arbitrado em R$ 5 mil numa decisão de fevereiro de 2021. Os clientes, porém, recorreram do valor, o que fez com que a justiça aumentasse a indenização que deveria ser paga pelo Mamur.

“Intime­-se a parte devedora Mamur Esfihas Abertas, por meio de seu advogado, para pagar o débito indicado nos cálculos do exequente (R$ 14.132,14), devendo ser atualizado pela devedora até a data do depósito, no  prazo de 15 dias, acrescido das custas processuais, se houver, consignando que em não ocorrendo o pagamento voluntário no prazo aludido, incidirá  multa de 10% sobre o valor do débito, bem como honorários advocatícios arbitrados no mesmo patamar”, diz trecho da decisão.

De acordo com informações do processo, um grupo de clientes pediu do Mamur duas bandejas, com quinze esfihas cada, por meio de um aplicativo de telefone celular. Um deles, não identificado, descreve em detalhes quando descobriu que, na verdade, estava saboreando um “prato exótico” para a culinária brasileira.

“No dia 26/05/2020, [os clientes] realizaram o pedido via aplicativo, de duas bandejas contendo quinze esfihas da ré, pelo valor de R$ 25,80; que uma das autoras, ao ingerir o produto, mordeu uma parte dura e encontrou o pedaço de uma barata no salgado, gerando repulsa de todos os presentes e indignação”, diz trecho dos autos.

O restaurante se defendeu no processo dizendo que a foto juntada pelos clientes para comprovar a degustação da “iguaria excêntrica” era de uma “barata” que estava “ao lado” da comida – e não “dentro” dela.

A justiça não concordou com o argumento e revelou, ainda, que a fotografia registrada pelos consumidores “não deixa dúvidas” de que o cliente “cuspiu” da boca a comida com pedaços de barata.

Fonte: Folhamax