Justiça inocenta policiais acusados de participação em roubo à residência

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Após sete anos, Justiça inocentou os policiais cabo Marcos Antônio Pereira Catulé e o soldado Roney Gonçalves Ferreira, ambos lotados no Comando Regional de Tangará da Serra (CR VII), da acusação de tráfico de drogas e de participação em um roubo à residência em Campo Verde (132 Km de Cuiabá).

Os policiais foram afastados da corporação no dia 7 de março de 2013, após abordagem na MT-251, sentido Cuiabá-Chapada dos Guimarães. Na ocasião, um ex-policial militar foi detido horas antes no município de Campo Verde e alegou que a dupla estaria dando apoio ao roubo.

“Nós entramos no meio do fogo cruzado. Nós fomos abordados e acabamos envolvidos em um crime que aconteceu em Campo Verde. Graças a Deus, eu nem pisei em Campo Verde aquele dia”, disse ao HNT.

Marcos também foi acusado de tráfico após duas porções de substância análoga à cocaína serem encontradas dentro da viatura que ele estava conduzindo. Ele afirma que sempre teve uma conduta correta na corporação, inclusive com grandes apreensões de drogas e que nem sabia da existência da droga dentro do veículo.

“A última apreensão de drogas que eu havia feito em Tangará da Serra foi uma das maiores na época. Eu apreendi mais de cem quilos de drogas dentro de uma carreta. Se você converter essa droga em papelote, dá mais de um milhão de papelotes. Eu fui preso por duas trouxinhas que encontraram na minha viatura e eu não tive direito de ampla defesa”, desabafou.

Com a absolvição da Justiça, Marcos quer focar no futuro, cuidar da família e esquecer a “humilhação” de passar a ser acusado de um crime que não cometeu.

“Um ex-policial é mal visto dentro da família e lá fora. Ele é julgado. Meus filhos sofreram na escola e na faculdade. Eu passei muita humilhação, mas permaneci de cabeça erguida, porque sou de família pobre, mas honesta e, nesses sete anos, nunca me envolvi em problema. Para um ex-policial, as portas se fecham de um jeito que é diferente de qualquer outro crime. Ele é taxado até pela própria polícia como bandido. Graças a Deus, nada desabonou minha conduta e hoje minha vida está tranquila”, comemorou Marcos Antônio.

De acordo com a decisão, Marcos Antônio e Roney Gonçalves devem retornar à corporação e irão receber os salários que foram suspensos durante o afastamento das atividades, incluindo as promoções por tempo de serviço perdido.

Fonte: Hipernotícias