O deputado estadual Júlio Campos (União Brasil) classificou como precipitada a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de impor restrições à liberdade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A fala foi feita nesta sexta-feira (18).
Para Júlio Campos, Bolsonaro era um alvo certo do Supremo, que vinha dando sinais já nas condenações dos apoiadores do ex-presidente, com penas superiores a 10 anos de cadeia.
“Já era esperado. O posicionamento que o Supremo Tribunal Federal tem feito com relação à manifestação de 8 de janeiro, pelo julgamento condenando uma mulher que pintou um monumento com uma frase a 14 aos de prisão, idosos que estavam com a Bíblia debaixo do braço a 17 anos de prisão”, disse.
“Está tudo organizado para ele ser preso, ser processado e não disputar mais nenhum mandato eletivo nos próximos oito anos. Nós já sabemos que isso ia acontecer. Para mim não foi nenhuma surpresa, achei apenas que foi um pouco precipitado”, acrescentou.
O parlamentar disse que acreditava que medidas como essas poderiam ser aplicadas após o julgamento do ex-presidente, mas o STF, na leitura de Júlio, se apressou diante do receio de que Bolsonaro pudesse fugir do país.
“Aqui no Brasil, ser presidente é correr risco, ser governador é correr risco e ser prefeito é correr risco mediante essa situação de que quem manda no país hoje é um outro poder, que é o Judiciário”, disse o deputado. (Repórter MT)
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