A juíza Rosângela Zacarkim dos Santos, da 1ª Vara Criminal de Sinop (480 km de Cuiabá), manteve a prisão de dois acusados dos homicídios de quatro maranhenses em dezembro de 2021. Os réus no processo são acusados de fazer parte da facção criminosa Comando Vermelho. Eles teriam participado da chacina em decorrência da rivalidade entre o CV e o Primeiro Comando da Capital (PCC), facção à qual as vítimas seriam supostamente faccionadas.
Na decisão publicada na segunda-feira (8), a juíza entendeu que apesar de possuírem predicados favoráveis, isso, por si só, não tem o condão de reverter a prisão preventiva. Para a magistrada, os réus Julia Sabrina Paiva Rosa e Ailton Cesar Ribeiro Caldeira – que inclusive já foram pronunciados – possuem periculosidade acentuada que justifica a segregação cautelar.
“Ao contrário do que alegam os impetrantes, a decisão vergastada apresenta suficiência de razões, onde a autoridade impetrada ressalta que persistem os motivos que ensejaram a decretação originária do cárcere do paciente, em razão da sua periculosidade acentuada, evidenciada pelo modus operandi empregado na conduta criminosa, autorizando a conclusão de que solto, representa risco concreto à ordem pública e à conveniência da instrução criminal”, escreveu.
O despacho também desmembrou a ação com relação a Ailton que manifestou interesse em recorrer da decisão de pronúncia.
O CRIME
Laurielson França Souza, Rubenilson de Jesus Silva Monteiro, Emerson Renaio Ribeiro Pereira e Bruno Beche Garcia de Sousa foram mortos dentro de uma residência em 2021. O crime teria sido ordenado pelo chefe do CV em Sinop, Fernando dos Santos Souza, conhecido como “Boquinha”. Os outros dois acusados teriam participado dos trâmites para que o homicídio fosse cometido, entretanto, os executores do ato nunca foram presos. (HNT)