Juiz nega prisão domiciliar a ex-diretor que desviou quase R$ 300 mil de escola

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O juiz Fernando Kendi Ishikawa, da 2ª Vara de Peixoto de Azevedo, negou prisão domiciliar a Diego Fernando Hermann, acusado de desviar R$ 292 mil da Escola Estadual 13 de Maio, onde ele atuava como diretor. De acordo com as investigações, o dinheiro, que deveria ser investido em insumos para o funcionamento da unidade escolar, era utilizado para aplicações particulares na bolsa de valores e apostas em jogos.

Hermann foi preso na última terça-feira (28) e passou por audiência de custódia no dia seguinte. Na ocasião, o juiz Fernando Kendi Ishikawa apreciou pedido da defesa pela prisão domiciliar.

O argumento da defesa é de que, mesmo possuindo diploma de nível superior, Diego não está acomodado em cela especial. O magistrado, porém, declinou da competência e, por hora, não concedeu o benefício. A responsabilidade de julgar o pedido em definitivo ficou a cargo do juiz da comarca de Terra Nova do Norte.

Em contrapartida, Fernando Kendi Ishikawao deferiu pedido compartilhado entre o Ministério Público e a defesa e determinou a remessa de cópia do processo contendo os registros fotográficos e vídeos para a Corregedoria da Polícia Civil para apurar eventual abuso de autoridade praticado pela autoridade policial no momento da prisão.

ACUSAÇÃO

Segundo o Ministério Público Estadual (MPMT), o ex-diretor teria desviado dinheiro público pelo menos 23 vezes com o auxílio de ‘laranjas’, como amigos e parentes.

Os valores de cada desvio eram variados, de R$ 2.500 a R$ 25 mil. Dessas 23 transferências bancárias, cinco foram para dois professores da escola e um para o cunhado do então diretor. Diego chegou a pagar um serviço com cheque no valor de R$ 20.380, sendo que custaria R$ 380. Em seguida, ele fez um depósito de R$ 13 mil a esse prestador de serviço por aceitar a participar do crime.

De acordo com o órgão ministerial, Hermann não apresentou a prestação de contas relativas aos gastos de 2021 à Direção Regional de Educação (DRE).

Ele assumiu a direção da escola em 2019 e foi afastado em 2022, depois que tesoureiros da unidade identificaram que não haviam sido realizadas manutenções no prédio. Os funcionários registraram boletim de ocorrência depois de perceber o rombo no cofre da unidade.

Fonte: HNT