Juiz não vê filhas desamparadas e nega prisão domiciliar a viúva

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A Justiça negou conceder prisão domiciliar a empresária Ana Cláudia Flor, presa desde agosto de 2021 acusada de mandar matar o marido, o empresário Tony Flor. O crime aconteceu em agosto de 2020, em frente a uma academia, em Cuiabá.

A decisão é assinada pelo juiz Flávio Miraglia Fernandes, da 12ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá, e foi publicada nesta terça-feira (10).

A defesa de Ana Claudia pediu a prisão domiciliar alegando “questões humanitárias”, já que a mesma é mãe de três filhas menores de idade.

Em sua decisão, porém, o magistrado afirmou que Ana Cláudia não possui os requisitos necessários para a prisão domiciliar, já que foi a arquiteta intelectual do homicídio do marido.

Além disso, citou que as crianças não estão desguarnecidas de cuidados, já que estão com os avós.

“Muito pelo contrário, estão assistidas pela avó materna que vem cumprindo com zelo o múnus, haja vista os informes de que as menores estão passando por acompanhamento com profissionais da saúde”.

“Isto posto, mantenho a segregação cautelar de Ana Claudia de Souza Oliveira Flor em virtude da mesma não reunir elementos necessários à prisão domiciliar, nos termos do art. 318-A do Código de Processo Penal, além de ostentar periculum libertatis, nos termos do art. 312 do Código de Processo Penal.

Tribunal do júri

Recentemente, o juiz Flávio Miraglia Fernandes determinou que Ana Cláudia seja levada a júri popular pela morte de seu marido.Além de Ana Cláudia, também enfrentarão o júri popular IIgor Espinosa, Wellington Honorio Albino, Dieliton Mota da Silva, Ediane Aparecida da Cruz Silva e Sandro Lucio dos Anjos da Cruz Silva.

Ana Cláudia foi denunciada pelo Ministério Público Estadual (MPE) como suposta mandante e Igor Espinosa como suposto executor. Já Wellington Honorio Albino, Dieliton Mota da Silva e Ediane Aparecida da Cruz Silva são apontados como supostos auxiliares.

Sandro Lucio dos Anjos da Cruz Silva, que é irmão de Ediane, foi denunciado por falso testemunho.

A viúva e os outros envolvidos no crime já passaram pelas audiências na ação penal, onde Ana Cláudia confessou ter mandado matar o marido. No entanto, ela alegou que desistiu da ideia antes do crime ocorrer.

Igor confessou perante o juiz que foi responsável por atirar e matar Toni Flor. Os outros acusados, exceto Ediane, também confessaram a participação no crime.

Conforme denúncia do MPE, Ana Claudia contratou Igor Espinosa para matar o marido, que foi assassinado a tiros em frente a uma academia.

O valor acordado era de R$ 60 mil, mas a acusada só teria repassado R$ 20 mil.

Ainda de acordo com o Ministério Público, o executor gastou todo o dinheiro em festas no Rio de Janeiro.

Fonte: Midianews