Os restos mortais do jovem Rian Leal Gonzaga da Silva, de 19 anos, desaparecido há mais de um mês, foram encontrados nesta terça-feira (9) em uma região de mata na Passagem da Conceição, em Várzea Grande. Ele teria sido vítima dos chamados “tribunais do crime”, que são ‘justiçamentos’ cometidos por facções criminosas.
O autor do crime foi preso e confessou o assassinato. A mãe dele, que tentou acobertar o caso, também foi presa.
Conforme o boletim de ocorrência, a Polícia Militar recebeu uma denúncia anônima detalhada sobre o assassinato e onde o autor poderia ser encontrado.
O denunciante alegou que o assassinato teria sido cometido há cerca de 30 dias pelo membro de uma facção. A “punição” teria sido motivada por crimes que supostamente o jovem teria cometido.
O suspeito, de 25 anos, foi preso no pet shop do Bairro Mapim em que trabalha.
De cara, o homem assumiu a autoria do crime e se disponibilizou a levar a equipe até o local de desova do corpo.
De acordo com a sua versão, ele, sabendo “natureza criminosa” de Rian, teria atraído o jovem para uma emboscada, com o pedido de ajuda em um furto de motocicleta.
Segundo o B.O., quando eles chegaram no local, o homem atirou em Rian com uma pistola calibre 7.65. Ele alegou que sozinho arrasou o corpo por aproximadamente 30 metros, depois de um arame farpado, para escondê-lo.
Antes de ir embora, o homem teria atirado mais algumas vezes contra Rian para se certificar da morte.
O corpo estava em avançado estado de decomposição, restando praticamente apenas a ossada.
Rian estava cadastrado no Setor de Desaparecidos da Polícia Civil. Ele desapareceu no dia 29 de setembro.
A equipe da Politec (Perícia Oficial de Identificação Técnica) esteve no local para os procedimentos de perícia.
O homem contou que a arma estava em sua casa. Sua mãe, no entanto, que já havia sido informada sobre a prisão do filho, escondeu a arma em uma residência abandonada.
A pistola foi localizada e mãe e filho encaminhados para a Central de Flagrantes.
Ainda, segundo a denúncia anônima, o crime teria tido a participação de outras três pessoas, todas membros da organização criminosa. O homem preso seria o responsável por organizar as punições decretadas pela organização na região. A Polícia Civil investiga o caso.
Fonte: Midianews