A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá concluiu que o jornalista Marcelo Leite Ferraz, de 38 anos, morreu porque não tinha dinheiro para pagar drogas. A informação foi repassada à imprensa nesta terça-feira (5) pelo delegado Fausto Freitas, que concluiu o inquérito do caso ontem. O assassino confesso do jornalista, John Lennon da Silva, de 21 anos, teve a prisão preventiva decretada.
De acordo com o delegado, a versão contada por John Lennon sobre o crime foi descartada após as investigações. O rapaz alegou crime passional, porque teria encontrado a namorada mantendo relações sexuais com a vítima.
Contudo, a namorada de John Lennon foi localizada e negou o depoimento do acusado. Segundo a DHPP, a versão contada pela mulher, identificada como B.B.V, foi a mais coerente.
A mulher afirmou que estava com John Lennon e outro usuário de drogas na Avenida do CPA, quando o namorado saiu. Minutos depois ele retornou já na companhia de Marcelo Ferraz. Nem a mulher e nem os delegados souberam informar como os dois se conheceram.
De acordo com Freitas, Marcelo era usuário de drogas e conhecido como “cheque-ouro”, por ter mais poder aquisitivo entre os demais usuários.
No dia do crime, John Lennon teria dividido com o jornalista uma pequena porção de drogas, avaliada em R$ 3.
O delegado apontou que a expectativa do acusado era a de que Marcelo comprasse mais drogas para consumir. No entanto, o jornalista tinha saído de casa sem carteira, levando apenas um documento da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT), para identificação.
Sem dinheiro para as drogas, acusado e vítima se desentenderam. A briga resultou, horas depois, na morte do jornalista.
Laudo do Instituto Médico Legal apontou que Marcelo morreu por traumatismo craniano. Conforme as investigações, ele levou diversas pedradas na cabeça. Seu corpo foi encontrado no dia 30 de setembro, depois que o jornalista passou dois dias desaparecido.
John Lennon deve responder por homicídio qualificado.
Fonte: O Livre