O desmanche das estruturas já construídas para o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) foi destaque no Jornal Nacional desta segunda-feira, 6 de março. A reportagem afirma que quase R$ 89 milhões investidos na construção da estrutura já foram desperdiçados, referente aos trilhos comprados para o trem que nunca andou.
A estrutura está sendo desmontada em Várzea Grande pelo governo do Estado, que decidiu trocar o VLT pelo Ônibus de Trânsito Rápido (BRT). O governo afirma que a decisão é amparada por estudos técnicos e sustenta que a construção do BRT, desde o início, custará menos de metade do que é necessário para finalizar as obras do VLT.
A mudança do modal foi anunciada pelo governador Mauro Mendes (União) em dezembro de 2020. Na ocasião, o contrato com o Consórcio VLT já havia sido rompido há três anos, por força de uma decisão judicial.
A construção do VLT já consumiu mais de R$ 1 bilhão dos cofres públicos e foi marcada por escândalos de corrupção, desde o processo de escolha do modal. Os casos foram delatados pelo ex-governador Silval Barbosa, que chegou a ser preso, mas fechou acordo de delação premiada e revelou pagamento de propina.