Izadora Ledur de Souza Dechamps foi promovida ao posto de capitão do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso, pelo critério de antiguidade. O ato, assinado pelo governador Mauro Mendes, foi publicado no Diário Oficial do Estado.
No documento consta que a Comissão de Promoção de Oficiais excluiu Ledur do quadro de acesso para promoção, que estava prevista para ocorrer em 2 de dezembro de 2016, “por ter considerado grave as notícias veiculadas na mídia relacionadas a possíveis condutas irregulares praticadas pela militar durante instrução de salvamento aquático, no 16º Curso de Formação de Soldados BM no ano de 2016”.
No caso, a então tenente foi acusada de tortura contra o aluno soldado Rodrigo Claro, de 21 anos, que morreu após o treinamento na Lagoa Trevisan. Ele foi submetido a diversos “caldos” (uma prática de afogamento) por parte de Ledur, que atuava como instrutora, segundo a acusação.
A Justiça depois desconsiderou o crime de tortura e condenou Izadora Ledur pelo crime de maus-tratos. Contudo, em 2022 foi reconhecida a prescrição da condenação e o processo foi arquivado.
Após isso a militar obteve decisão favorável no Juizado Especial da Fazenda Pública de Cuiabá, que determinou a promoção dela ao posto de capitão. Ledur irá receber os valores retroativos, do período em que foi impedida de ser promovida.
“Fica promovida a Oficial do Corpo de Bombeiros Militar, abaixo mencionada, pelo critério de ‘Antiguidade’ em ressarcimento de preterição, em cumprimento ao acórdão transitado em julgado, proferido nos autos do Recurso Inominado, que tramitou no Juizado Especial da Fazenda Pública de Cuiabá, sendo que o montante financeiro retroativo deverá ser pago mediante execução no rito dos precatórios”.
Fonte: Gazeta Digital