O irmão da Isabele Ramos, morta com um tiro na cabeça em julho de 2020, aos 14 anos, usou seu perfil no Instagram nessa quinta-feira (09), para manifestar a revolta e indignação que sentiu ao receber a notícia de que a adolescente B.O.C., de 16 anos, autora do disparo que tirou a vida de sua irmã, foi solta por decisão da Justiça de Mato Grosso.
Na publicação feita nos stories, o adolescente P.R. relembrou um áudio no qual o pai da atiradora liga para o Serviço de Atendimento Médico Móvel de Urgência (Samu) e diz que houve ‘um acidente’. Na descrição, o menino explicou que quando ouviu pela primeira vez essa gravação, soube que a Família Cestari ‘não passa de mentirosos’.
“Desde quando ouvi esse áudio pela primeira vez já percebi que não passam de mentirosos. A minha vontade nesse exato momento é chegar na casa deles (pq ainda moram no mesmo condomínio depois de tudo isso) bater ou arrombar a porta e xingar todos eles”, declarou o irmão da menor.
Na quarta-feira (08), a 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso acatou recurso e mandou soltar a menor B.O.C., que estava internada há um ano e cinco meses, no Centro Menina Moça, anexo ao Complexo do Pomeri.
Ainda na decisão, a Justiça alterou a acusação de crime análogo a homicídio doloso – com intenção de matar – para homicídio culposo – quando não há intenção de matar. Assim, com a desclassificação do crime, a pena já havia ultrapassado o que prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente.
Para o irmão de Isabele, a alegação de tiro acidental não faz sentido. “Se fosse acidente, eles teriam ido falar com minha mãe e explicar o acontecido. Mas, não. Só foram frios e não fizeram nada”, escreveu.
A mãe da Isabele, empresária Patrícia Ramos, também se manifestou sobre a decisão e conversou com o Ministério Público Estadual, para que entre com um recurso e reverta a decisão da terceira Câmara Criminal.
Fonte: Repórter MT
