Neste sábado (25), policiais civis da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), junto com o Corpo de Bombeiros Militar, fiscais da Vigilância Sanitária Municipal o Conselho Regional de Medicina estiveram no Enter Hospital, na região central de Cuiabá, para apurar denúncia de que o local está realizando cirurgias plásticas mesmo sob interdição.
O hospital, situado na Rua Major Gama, no bairro Centro Sul, foi interditado pela Vigilância Sanitária Municipal, em setembro deste ano. Inclusive, FOLHAMAX publicou matéria no dia 10 de outubro sobre uma decisão judicial que negou pedido do estabelecimento para reabrir as portas.
Conforme a Polícia Civil, o hospital pertence à mãe do proprietário de uma empresa de cirurgias plásticas populares em Cuiabá, que seria o verdadeiro dono do estabelecimento. A denúncia é de que no hospital são realizadas cirurgias plásticas dessa empresa que comercializa os procedimentos com o pagamento facilitado para os pacientes.
Tais informações também apontam que a empresa foi fundada em 16 de julho de 2021. No local, os policiais e fiscais encontraram uma equipe de limpeza e uma enfermeira, que negou que o hospital estivesse funcionando e disse que estava apenas acompanhando os funcionários da empresa terceirizada.
Contudo, os fiscais da Vigilância Sanitária de Cuiabá encontraram documentos que indicam que, no decorrer desta semana, uma empresa terceirizada realizou serviços de esterilização para o hospital, além de um documento de descrição cirúrgica, rasgado e descartado no lixo, que estava datado do dia anterior, 22 de novembro.
O documento demonstrava que foi realizado um procedimento médico na sala cirúrgica do hospital para a retirada de um balão intragástrico de 650 ml do estômago de um paciente. Desde o dia 26 de setembro o hospital está interditado e não pode atender pacientes.
Contudo, os responsáveis legais vêm descumprido reiteradamente as exigências da Vigilância Sanitária Municipal e as interdições do órgão municipal. Com a ação deste sábado, já somam três ordens de suspensão de atividade neste ano.
Após a realização da operação conjunta, o local foi novamente interditado e, desta vez, foram colocados avisos da interdição e uma fita zebrada na porta de entrada do hospital.
Fonte: Folhamax