A Segurança Pública de Mato Grosso está sob alerta para a ocorrência de possíveis atentados contra seus agentes, assim como à ordem pública, com incêndios em ônibus do transporte coletivo, em razão do descontentamento de lideranças da facção Comando Vermelho (CV) com a aprovação do projeto de lei que endurece as regras de fiscalização no Sistema Prisional. A informação foi repassada ao Leiagora por uma fonte que atua no setor.
A norma 2041/2024 foi aprovada em sessão extraordinária da Assembleia Legislativa nesta semana e prevê, entre outras medidas, também mudar as regras com relação ao funcionamento dos mercadinhos dentro dos presídios.
A Secretaria Adjunta de Inteligência da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SAI/Sesp) repassou informações a demais órgãos ligados à pasta e à recém-criada Secretaria de Estado de Justiça, informando sobre a insatisfação de presos custodiados na Penitenciária Central do Estado com a nova lei.
“… que indicam a insatisfação de líderes da organização criminosa Comando Vermelho (CV), identificados como Leonardo, vulgo “Sapateiro”, e Leonardo, vulgo “Buchudo”, atualmente reclusos na Penitenciária Central do Estado, em relação à aprovação do Projeto de Lei nº 2041/2024”, traz o comunicado.
Em função disso, os criminosos estariam orquestrando os ataques.
“Segundo relatos, os membros do CV estariam articulando possíveis ações contra a ordem pública, incluindo atos como a queima de ônibus e outros atos de vandalismo”, consta no informe.
Diante das informações, a Diretoria de Agência Central de Inteligência da Polícia Militar (Daci/PM) retransmitiu o alerta a todas as agência de inteligência integrantes do Sistema de Inteligência da PM para que haja o reforço da vigilância e a adoção de meditas preventivas necessárias.
A tática do crime organizado já ocorreu em Cuiabá, em anos anteriores, também quando adotadas medidas pela Segurança Pública de restrição de acesso e com a transferência de presos no Estado. A reação foi o ataque com fogo a ônibus em diversos locais da cidade.
A reportagem entrou em contato com a assessoria da Sesp em busca de mais informações e aguarda o posicionamento. O espaço segue aberto.
Fonte: Leiagora