Exames de sequenciamento genético analisados pelo Instituto Adolfo Lutz apontaram que quatro mato-grossenses foram contaminados com a variante Delta do coronavírus neste ano.
De acordo com a Secretaria estadual de Saúde (SES), dez amostras de pacientes que estavam sob suspeita foram enviadas ao instituto em julho de 2021.
A principal preocupação sobre a variante, inicialmente identificada na Índia, não tem relação com sintomas mais graves da Covid-19. Mas sim com o fato de que o vírus se espalha mais rápido, causando aumento de infecções e internações de pessoas não vacinadas.
Ela é classificada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma das “variantes preocupantes”, por terem possibilidade de gerar reinfecção naqueles que já tiveram Covid-19 ou de, possivelmente, escapar da cobertura vacinal em quem tomou apenas a primeira dose.
Apesar da variante ter sido identificada nas amostras, os dez pacientes contaminados já estão recuperados e nenhum óbito foi registrado entre eles.
A SES também ressaltou que, por conta do avanço da vacinação, os casos de Covid-19 em Mato Grosso estão em queda, assim como os óbitos e ocupação de leitos de enfermaria ou UTIs.
O risco da variante
A variante Delta, segundo a Organização Mundial de Saúde tem uma transmissibilidade elevada, que é de até 50% superior a B.1.1.7, a variante Alfa, detectada pela primeira vez no Reino Unido, devido a sua maior carga viral e capacidade de escape imunológico.
“Ela já está presente em 98 países, propagando-se rapidamente em países com baixa e com alta cobertura de vacinas”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, em entrevista coletiva virtual partir de Genebra.
No Brasil já foram registrados 169 casos de detecção da variante, sendo confirmada em Pernambuco, Goiânia, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Distrito Federal.
Fonte: Midianews