O empresário e influenciador digital Ezequiel Padilha de Souza Ferreira, de 31 anos, foi um dos alvos da Operação Fachada, deflagrada nesta quinta-feira (5) pela Polícia Civil de Mato Grosso.
A ação investiga um suposto esquema de agiotagem que atuava em Chapada dos Guimarães e Cuiabá utilizando facções criminosas para realizar cobranças por meio de ameaças e violência.
Ezequiel, que se apresenta nas redes sociais como empresário dos ramos imobiliário, de terraplanagem e agronegócio, ostentava uma vida de luxo com postagens exibindo caminhonetes, barcos e grandes quantias em dinheiro, acumulando quase 22 mil seguidores em seu perfil fechado no Instagram.
“Se você observar o Instagram dele, é ostentação o tempo todo. Ele tem uma RAM, tem barcos”, relatou uma fonte da Polícia Civil.
Segundo informações obtidas pela reportagem, mandados de busca foram cumpridos no apartamento do empresário e em uma chácara em Poconé, onde foi encontrada uma pistola sem registro. Por isso ele foi preso em flagrante.
“A gente fez a busca e apreensão na chácara dele lá em Poconé. Inclusive foi a equipe de Cuiabá que fez a busca e apreensão e a gente localizou uma pistola. Até agora ninguém apresentou nada, nenhum documento. Então a gente acredita que não tenha registro”, afirmou a fonte.
Segundo a Polícia Civil, o grupo investigado emprestava dinheiro com juros abusivos para pessoas humildes e acionavam faccionados quando havia atrasos nos pagamentos.
“Nós temos vídeos que mostram o grupo criminoso reunido extorquindo uma pessoa, mas não podemos divulgar agora porque há outros envolvidos. Na segunda fase da operação, liberaremos esse material”, declarou a fonte.
A Polícia apreendeu ainda celulares, drogas, balanças de precisão, cadernos de contabilidade paralela, notas promissórias e dinheiro em espécie. A ação contou com apoio do Ministério Público Estadual e da Polícia Militar.
As investigações seguem para identificar novas vítimas e aprofundar a análise patrimonial dos envolvidos, como parte do programa Tolerância Zero do Governo de Mato Grosso contra o crime organizado. Os outros quatro investigados não tiveram seus nomes divulgados. (Midianews)