A influencer digital Larissa Matavelli presa esta semana na Operação 777 – que investiga divulgação de jogos online e rifas ilegais – está presa provisoriamente no mesmo presídio que sua mãe, Jaíra Gonçalves de Arruda – condenada por matar a enteada de 11 anos envenenada em Cuiabá.
Os crimes cometidos por ambas causaram grande repercussão. Elas estão detidas na Penitenciária Ana Maria do Couto May. A prisão da Jaíra ocorreu em 2019 após a investigação da Polícia Civil apurar que ela foi responsável por envenenar por, no mínimo, três meses a enteada Mirella Poliane Chuê de Oliveira.
A reportagem apurou que a polícia ficou sabendo do parentesco no dia da prisão da influencer. Na delegacia alguém teria reconhecido a jovem e afirmado que ela era filha de uma condenada por matar uma criança envenenada.
Fontes da reportagem afirmaram que elas não estão na mesma cela, já que a prisão de Larissa é provisória e a da sua mãe, é em regme fechado. Jaíra foi condeada a 26 anos de prisão.
Deflagrada na manhã dessa quarta-feira (27) em Cuiabá, a Operação 777 prendeu Larissa, Victor Vinicius de Freitas, Nicolas Guilherme de Freitas, Carlos Henrique Morgado e Gabriel Ferreira.
As investigações apontam que o grupo promovia jogos de azar online, popularmente conhecidos como “Tigrinhos”, em suas redes sociais. As mães de alguns dos influenciadores, Cristiane de Freitas e Sandra Regina Ferreira, também foram presas. Bruno Fabiano Marques, outro integrante do grupo, encontra-se foragido após viajar para Paris.
Morte por envenenamento
A morte da menina Mirella Poliane Chue de Oliveira, de 11 anos, em junho de 2019, inicialmente atribuída a causas naturais, revelou-se um crime bárbaro. Investigações da Polícia Civil apontaram que Mirella foi envenenada pela própria madrasta, Jaíra Gonçalves de Arruda Oliveira, em um plano macabro para se apoderar de uma herança de R$ 800 mil deixada pela mãe falecida da menina.
De acordo com a denúncia, Jaíra administrou veneno na comida de Mirella durante meses, levando a menina a diversos hospitais para despistar as investigações. A madrasta escolhia diferentes hospitais a cada internação para evitar levantar suspeitas sobre a causa das constantes internações da menina.
Fonte: Primeira Página