IML em Cuiabá tem histórias de arrepiar e cenário de filme de terror

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O coordenador de medicina legal do Instituto Médico Legal (IML) de Cuiabá, Valter Ferrari Castro, não imaginava que trabalharia com gente morta, mas há 25 anos atua na instituição e afirmou que já ouviu histórias apavorantes, que longe da ficção de um dia de Helloween, aconteceram com servidores do local. Um dos casos marcantes foi o de uma servidora que disse ter sonhado com uma pessoa que, minutos depois, chegou morta.

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A reportagem esteve no local e além das “histórias de arrepiar” conferiu que as luzes piscando constantemente deixam o local com clima de filme de terror.

Ao Repórter MT, Valter explicou que nunca passou por nenhuma situação estranha ou de cunho sobrenatural em seus anos de serviço público. Entretanto, ele disse já ter ouvido algumas histórias apavorantes.

“Teve um caso que mais chamou a atenção que foi o de uma servidora aqui. Ela nos disse que a equipe que trabalhava com ela naquele plantão tinha saído para buscar um cadáver e que ela acabou dormindo no alojamento. Já era de madrugada quando ela disse ter tido uma ‘visão’, em que uma pessoa, que ela não conhecida, teria tido pra ela que ela só sairia da unidade no próximo dia”, contou.

“Algum tempo depois, quando a equipe retornou da rua ela se levantou e foi até os fundos para ver o corpo. Quando abriu saco preto e ela viu o rosto da vítima ela se assustou e disse que era a mesma pessoa com quem sonhou”, completou.

Valter disse que em 1995 foi aprovado no concurso público em Mato Grosso e começou sua carreira como técnico em necropsia. A escolha da profissão, segundo ele, foi devido às condições financeiras da época.

“Naquela época eu não tinha formação superior, somente o segundo grau completo e resolvi prestar o concurso como uma oportunidade de melhorar a renda familiar. Quando a gente conta qual é a nossa profissão as pessoas ficam curiosas para saber como funciona e se já vivenciamos coisas estranhas, mas comigo nunca aconteceu”, explicou.

Luzes piscando

Nos filmes de terror, de atividades paranormais o primeiro sinal de que “se tem espírito em um ambiente” é quando as luzes começam a piscar ou falhar. Dentro da unidade do IML situada no bairro Carumbé, essa situação é vista em quase todas as salas.

Luzes do corredor e das salas onde os corpos ficam armazenados piscam frequentemente. Há quem diga que isso é uma manifestação sobrenatural, mas o coordenador da instituição explicou que na verdade isso não passa de uma falha elétrica.

Veja vídeo

Corpo que se meche

Perguntamos para Valter se durante esses mais de 20 anos de profissão ele já se deparou com uma situação em que algum membro de um cadáver tivesse se mexido.

Ele nos explicou que isso é completamente normal, pois quando a pessoa morre leva-se algumas horas para que o corpo fique enrijecido e dificulte a movimentação.

“Como se leva algum tempo para que ele fique enrijecido (endureça), pode acontecer de colocar o braço em cima do tórax e ele acabar caindo para o lado devido ao peso. Isso é normal”, disse.

Daffiny Delgado / RepórterMT

sala de necropsia iml

Sala onde são realizados os exames de necropsia

Fonte: Repórter MT